Depois de Rogério Zimmermann ter "achado" o time que conquistou duas vitórias com imposição sobre Vila Nova, na Baixada, e Juventude, no Jaconi, a partida contra o Inter era tratada como o "Jogo do Ano", no Bento Freitas.
O contexto era favorável ao Xavante. Enfrentaríamos um Internacional combalido, criticado e pressionado. E, ainda por cima, desfalcado.
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A atmosfera no entorno do Bento Freitas era de justificada euforia. Embora não seja prioridade, uma iminente vitória rubro-negra colocaria o time da Baixada no G4 e alijaria deste posto o favorito a vencer a Série B. Tudo isso, levou um grande público ao Bento Freitas.
Então era chegada a hora do ápice do pré-jogo: a escalação xavante, que certamente mereceria uma manifestação efusiva das arquibancadas a cada nome citado. Mas aí, nuvens carregadas começaram a roubar o sol da tarde rubro-negra prenunciando um temporal sobre o orgulho xavante.
Pitol (a única substituição que fez sentido), Wender, Cirilo, Teco e Breno. Leandro Leite e Itaqui. Marcinho, Nem e Rafinha. Lincom. A partir daí, olhares de dúvida e inquietação na arquibancada xavante. O que houve?
Explicações: Eduardo Martini, Wagner, Camilo e João Afonso estariam fora do jogo por questões médicas. Bruno Lopes, porque o clube de Portugal ao qual ele está vinculado, o Arouca, exigiu o seu retorno. Portanto, não atua mais pelo Xavante.
Isto posto, vamos aos fatos: Martini e Wagner nem no banco ficaram. Portanto, não há o que contestar. Já Leandro Camilo, um monstro contra o Juventude, ficou no banco. João Afonso, que resgatou um meio campo combativo e mais movediço com Itaqui, ficou no banco. Bruno Lopes, que não atuará mais pelo Brasil, ficou no banco. Todos titulares.
Lesões iminentes? Vão tratar desses desconfortos no Departamento Médico. Apesar de não ser médico, lembro que o goleiro Marcelo Lomba, do Inter, se lesionou em um aquecimento na final do Gauchão contra o Caxias. Nesse caso, ao ficarem aquecendo todo o segundo tempo atrás de um dos gols, Camilo e João Afonso correram "risco" de agravar eventuais "desconfortos".
Eu preferiria comentar hoje, com tristeza, uma eventual derrota para o Internacional por 1 a 0, mas com nosso time titular. Seria do jogo, paciência. Mas o que machuca é a dúvida que nunca será respondida: com o time titular, será que a história teria sido a mesma?