Há quase três décadas, bastando simplesmente que se averigue as estatísticas, os jogos entre Juventude e Inter começaram a demonstrar um impressionante equilíbrio. Isso aconteceu, especialmente, durante o tempo em que ambos conviveram na Série A nacional e em diveros Gauchões. Agora, estamos diante de um Juve-Nal inusitado: o primeiro na Série B.
Reconheça-se, desde logo e não apenas por se dizer, que o Inter surge como o indiscutível favorito. Não se trata de "pega-ratão", em absoluto. Essa é, acreditem, a minha sincera opinião. Todos da "Papada" sabem que o nosso adversário de sábado à noite está em fase de franca recuperação e a qualquer momento vai deslanchar.
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Pena e a gente lamenta que seja justamente contra o Juventude. Há, entre os torcedores, quem levante a possibilidade de se tomar uma goleada. Numa partida em que o Inter vem com muita sede ao pote e muita fome ao prato, tudo é possível. E nós sabemos o quanto ruim é o enfrentamento de alguém tão motivado.
Sim, é certo que o Ju já embolsou sete pontos sobre nove disputados e venceu seus dois jogos domésticos. Mas o time ainda procura a sua formação ideal, embora Gilmar Dal Pozzo esteja próximo disso. Nosso padrão de jogo não se estruturou de forma definida e definitiva. Mas pretendemos jogar dignamente, à altura do Maior Clássico Intermunicipal Gaúcho, diante de um antagonista realmente poderoso.
Lembrando que, por ser entre dois gaúchos, a única coisa que lastimamos é que o Juventude vem sendo tratado como um "inimigo" do Inter, tanto quanto os demais competidores. Estão esquecendo que os dois são gaúchos e que se deveria analisar com igualdade. Pois, do contrário, até parece que o meu alviverde pertence a outro estado. O que a gente gostaria era que a mesma força, o mesmo incentivo, fosse repartido entre os dois. Senão, a impressão que fica é que pouco interessa o destino do Juventude na competição. Espero que bem entendam.
