Dois técnicos emergentes do futebol brasileiro, Argel Fucks e Roger Machado, dois profissionais formados no Rio Grande do Sul, vivem momentos distintos na dupla Gre-Nal depois de meses de trabalho fértil. Navegam numa montanha russa de resultados.
Há quatro jogos que o irregular time do treinador colorado não exibe bom desempenho. Disputou 12 pontos. Ganhou um, um magricela ponto, e em partidas contra equipes do pé da tabela, como Coritiba e Botafogo. As redes sociais começam a marcar o técnico, quarto no campeonato. A tranquilidade das primeiras rodadas do Brasileirão sumiu. O clássico da 13ª, às 11h, no Beira-Rio, pode servir de novo guia, outro mapa.
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Roger perdeu duas partidas em sequência. uma delas na Arena e contra o Vitória. Venceu a terceira, a competitiva equipe do Santos. Levantou três pontos em nove. A performance do time, porém, não anima, apesar de ocupar a terceira posição na tabela.
Perder Gre-Nal não é mais o fim do mundo no Rio Grande do Sul. O jogo de vida e morte faz parte do imaginário de outras gerações. O que sempre atrapalha, mina trabalho e soterra reputações, é goleada. Perde por muitos gols, em casa ou fora, não importa, destrói a carreira de treinador na Arena e no Beira-Rio. Mas goleada é sempre acidente, fatal acidente.
Não creio que os cargos dos dois treinadores estejam ameaçados. Mas é certo que quem for derrotado, qualquer um, sofrerá a natural rejeição do torcedor, o questionamento das direções, o impacto as ruas. O trabalho será mais árduo.
O perdedor ficará na marca do pênalti, mesmo que o Brasileirão continue, que os dois times permaneçam no G-4.
A próxima rodada, a 14ª, será disputada somente no próximo domingo, o segundo de julho, no dia 10. O resultado do clássico ficará no mínimo sete dias martelando na cabeça de quem falhar. Será dolorido e incômodo.