Se jogasse todo o jogo da Série A como atuou diante do Atlético-MG, neste domingo, o Joinville não estaria lutando contra o rebaixamento. Não apenas na base da vontade, mas também com qualidade, o Tricolor encarou o vice-líder da Série A de igual para igual. E, depois de estar duas vezes atrás no marcador, conseguiu o empate por 2 a 2, que mantém viva a esperança de evitar a queda.
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Depois de um começo de jogo nervoso, em que o JEC viu o Atlético-MG criar boas oportunidades para abrir o marcador, os papeis se inverteram na Arena, com o Joinville jogando um futebol que não justifica estar brigando para se livrar do rebaixamento. Diante do vice-líder do Brasileirão, o Tricolor mostrou qualidade, teve boas chances de balançar a rede, mas acabou sendo prejudicado pelo nervosismo, principalmente com as marcações polêmicas da arbitragem.
Logo aos três minutos, Giovanni Augusto apareceu livre, com o gol escancarado, e chutou para fora. Aos nove, o jogador do Galo teve outra chance, mandando por cima. Empurrado pela torcida, o Tricolor se soltou e passou a comandar o jogo, pressionando o Galo em seu campo defensivo.
Arbitragem polêmica
Em uma escapada pela direita, aos 38, Edson Ratinho cruzou e Datolo desviou, dando a impressão de toque de mão. A bola bateu no quadril do meia do Atlético-MG, mas o time e a torcida ficaram reclamando pênalti. Aos 43, Marcelinho Paraíba apareceu por entre os zagueiros, dominou e chutou na saída de Victor. O gol foi anulado porque o árbitro Raphael Claus viu toque de mão do jogador do JEC.
Aos 47, o juiz - que já havia expulsado o auxiliar técnico Franco Müeller por reclamação -, também mandou para fora o técnico PC Gusmão, que não gostou da marcação de falta de Kadu em cima de Luan. Foi o estopim para a Arena ser tomada por vaias contra o trio de arbitragem.
Equilíbrio no segundo tempo
Com o preparador físico Alexandre Souza à frente do time, o JEC voltou disposto a continuar com a pressão. Aos seis, Lucas Crispim passou para Kempes, livre, mas o atacante chutou fraco, facilitando a defesa de Victor. O erro custou caro. No contra-ataque, Lucas Pratto dominou na entrada da área, esperou a ultrapassagem de Luan e tocou para o companheiro que, com tranquilidade, tirou de Agenor e fez 1 a 0.
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O JEC não se abalou e continuou indo para cima. A recompensa veio aos 16. Em cobrança de escanteio precisa de Marcelinho Paraíba, Kempes subiu mais alto que a zaga e testou com força: 1 a 1.
Aos 36, Luan fez boa jogada pela direita e cruzou na medida para Thiago Ribeiro, que apareceu nas costas de Mario Sérgio, e acertou um belo chute de primeira, deixando o Galo novamente à frente. A frustração não durou muito na Arena. Um minuto depois, em jogada de escanteio, Willian Popp dominou na entrada da área e arriscou dali, acertando o ângulo direito de Victor: 2 a 2.
O resultado manteve o Joinville na lanterna, mas agora com um pouco mais de confiança para encarar as rodadas finais da Série A. O time volta entrar em campo no próximo domingo, às 11 horas, quando visita o Flamengo no Maracanã.