O líder do campeonato e um time em formação frente a frente no Maracanã. O resultado foi previsível. Porém, com direito a golaço para ambos os lados, o jogo foi mais emocionante do que se desenhava. Vitorioso, Botafogo deixou o campo ainda mais líder, enquanto o Vasco apenas com a certeza de que ainda tem pontos a corrigir.
Com o triunfo por 3 a 2, o time de Oswaldo de Oliveira chegou aos 23 pontos, passou o Cruzeiro e reassumiu a ponta da tabela. Já o Vasco, permaneceu com 14 e viu o objetivo de encostar no G4 se distanciar momentaneamente. Agora, o Botafogo encara o Atlético-MG, no Estádio Independência, na quarta-feira. Já os comandados de Dorival Júnior vão entrar em campo na quinta-feira, contra a Ponte Preta, em São Januário.
O primeiro tempo pode ser resumido em três atos. O primeiro, aquele já velho conhecido de qualquer clássico, em que os times não se arriscam muito nos minutos iniciais e oportunidades (ou não) para ambos os lados. Assim foi o começo da partida, em que o Botafogo, mesmo tendo mais a posse de bola, dava espaços para o Vasco.
Neste clássico, em específico, um segundo ato previsível. Botafogo, líder do campeonato, começou a tomar conta da partida e obrigar a Diogo Silva a fazer defesas. Curiosamente, a pressão do time de Oswaldo de Oliveira começou justamente após um gol anulado do Vasco (André concluiu em posição irregular). No lance seguinte à frustração cruz-maltina, a euforia alvinegra. Gabriel chutou e a bola sobrou nos pés de Rafael Marques.
Não tardou e nova comemoração alvinegra. Desta vez, o responsável foi o principal jogador da equipe. Seedorf recebeu do 'filho' Vitinho e com um sutil toque ampliou a vantagem. Abriu a porteira! O Botafogo teve inúmeras chances de fazer o terceiro, mas não o fez.
O volante argentino Guiñazu, que fazia sua estreia com a camisa do Vasco, sentiu um incômodo muscular e saiu cedo, sendo substituído por Wendel.
Já nos minutos finais, uma pintura no Maracanã. Eder avança em velocidade e passa para Juninho que, com um giro, passa pela defesa alvinegra e deixa André livre para apenas empurrar e diminuir. Gol que deu esperança aos vascaínos.
E a esperança com a qual os cruz-maltinos terminaram o primeiro tempo foi renovada no início da etapa final. Logo no segundo minuto, Eder Luis recebeu na área, bateu de primeira e carimbou a trave. André aproveitou o rebote e empatou. Na comemoração, o seu já conhecido "bigode grosso".
A alegria do lado direito das cabines de rádio, porém, durou pouco. Pouquíssimo tempo depois do empate, Rafael Marques recebeu na esquerda, driblou Nei como quis e mandou no ângulo de Diogo Silva. Um golaço!
Porém, todo a correria e emoção do começo do segundo tempo não se manteve durante o restante da partida. Com os líderes Juninho e Seedorf apontado cansaço, as oportunidades se tornaram menos frequentes. Juninho, inclusive, atuou no sacrifício boa parte do jogo por ter sentido um incômodo muscular, mas não poder ser substituído porque o Vasco já havia feito as três alterações.
Assim, sem grandes chances de gol, o 3 a 2 que se fez no placar logo na volta do intervalo permaneceu e o Botafogo reassumiu a liderança.