Depois do empate com o Botafogo por 2 a 2, no domingo, os muros da sede social do clube e loja oficial, localizados na Rua Turiassu, foram pichados por torcedores. O principal alvo é o presidente Arnaldo Tirone, que no novo protesto foi até ameaçado de morte.
Nas ofensas escritas no muro do clube estavam escritos: "Vai morre (sic) Tirone", "Tirone vo mata você (sic), "Time medilcre (sic) e "Fora diretoria". Os xingamentos são contra a atitude dos diretores e a situação no time do Campeonato Brasileiro, que pode até ser rebaixado na próxima rodada, contra o Fluminense.
Depois do jogo, o gerente de futebol César Sampaio falou sobre a atitude dos torcedores que, ainda na Arena Fonte Luminosa, entraram em confronto com policiais militares e duas pessoas ficaram feridas na confusão.
- Maior parte do tempo nos apoiaram, assim como eles ficamos tristes, estamos juntos nesta recuperação. Reforço o coro àqueles que acreditam, porque apesar do empate saio confiante pelo que apresentarem. A partir do momento, que tiver que se depender do próprio Palmeiras terá dificuldades - afirmou.
Durante a última semana, torcedores estenderam faixas de protesto nas principais pontes da Marginal do Rio Tietê e Marginal do Rio Pinheiros. A torcida exigia a renúncia de Arnaldo Tirone e mudanças na diretoria de futebol, além das eleições diretas que devem acontecer somente em 2014.
Esta não é a primeira vez no ano em que o Palmeiras sofre pressão fora de campo. Depois do tropeço contra o Vasco, em setembro, que culminou na saída do então técnico Luiz Felipe Scolari, a delegação driblou os torcedores no Aeroporto de Congonhas e deixou o local pela pista e escoltado por policiais militares. Contra o Náutico, no último mês, antes do jogo torcedores foram até o hotel onde o elenco estava e a segurança teve de ser reforçada na saída de Recife.
Além dos atletas, os alvos constantes são os dirigentes. Em setembro, cerca de oito vândalos invadiram um restaurante na região central de São Paulo para tentar agredir o presidente Arnaldo Tirone e o vice-presidente Roberto Frizzo. Depois do episódio, Tirone teria contrato seguranças particulares.