Em um jogo muito fraco tecnicamente, o Atlético-MG venceu a Ponte Preta, 1 a 0, em gol marcado nos acréscimos, no Moisés Lucarelli, em Campinas, neste domingo. O embate foi válido pela rodada inaugural do Campeonato Brasileiro 2012 e marcou o retorno dos campineiros à elite do futebol nacional.
Na próxima rodada, no sábado, a Macaca viaja para Goiânia, onde encara o Atlético-GO, no Serra Dourada, às 18h30. Já o Galo, no dia seguinte, estreia diante do seu torcedor, no Independência, às 16h, no embate contra o Corinthians.
O jogo
Começo de jogo muito cauteloso pelas duas equipes. A marcação era a primeira opção de ambos os times, que buscavam, então, chegar em jogadas de contra-ataque ou bola parada.
O Atlético, que possui um meio de campo mais técnico, ganhou terreno em campo. Aos 13 minutos, Carlos César deu lindo lançamento para Bernard, que conseguiu tirar a bola do alcance de Lauro, mas a bola não teve a direção do gol. Pelo lado direito, inclusive, os mineiros conseguiam criar mais. Danilinho, Mancini e Carlos César davam trabalho para o lateral-esquerdo Uendel, perdido na função defensiva. Mesmo atuando em casa, a Macaca recuou mais, saindo apenas no contra-ataque. Aos 17, após roubo de bola de Somália, o próprio volante tabelou com Roger, driblou o goleiro atleticano, mas, desequilibrado, finalizou em cima da defesa.
Na parte final da primeira etapa, o jogo lembrou uma partida inaugural de temporada, não de Campeonato Brasileiro. Muitos erros de passe, furadas, os dois times com dificuldades para estabelecer seu posicionamento tático e a partida ficou feia e amarrada. Bom para os goleiros, que, de camarote, assistiam ao jogo, tendo que fazer uma ou outra intervenção rotineira. Como Lauro, que teve que trabalhar aos 45 minutos, em uma finalização à queima-roupa do meia Mancini.
Etapa final
No segundo tempo, os paulistas melhoraram na partida e passaram a pressionar mais. O Galo ficou mais retraído, chamando o adversário para o ataque. A estratégia pode ter sido escolhida para que os homens de frente do Galo tenham mais espaço para puxar o contragolpe, aproveitando a rapidez dos atacantes.
Sofrendo com os ataques dos paulistas, o Atlético apelou para as faltas - sobretudo as que matavam as jogadas ainda no meio de campo. A tática ia pendurando os jogadores mineiros, como foi o caso dos dois laterais Richarlyson e Marcos Rocha. Se o jogo já era desanimado na etapa inicial, ficou ainda pior no segundo tempo. O Galo optou por se segurar na defesa e a Macaca não demonstrava criatividade suficiente para criar perigo ao gol de Giovanni.
Mas se faltava criação, os ponte-pretanos ganharam uma força de Leonardo Silva. O zagueiro cortou errado a bola e Roger chutou, com a bola batendo na mão do defensor, aos 18 minutos. O árbitro entendeu que não houve intenção de Leo Silva e ignorou os pedidos de pênalti dos campineiros. O decorrer do jogo foi amarrado, sem grandes chances para os dois lados. Isso só mudou de figura aos 46 minutos. Bernard sofreu falta na esquerda, Danilinho mandou a bola para a área. A defesa da Ponte afastou em um primeiro momento, mas, de peixinho, Escudero mandou para o fundo das redes, aproveitando falha do goleiro Lauro.