Apesar da recusa da Fórmula-1 em aceitar a vacina do governo do Bahrein, pilotos e integrantes das equipes aceitaram doses contra a covid-19 nos últimos dias. O mexicano Sergio Pérez, da Red Bull, e o espanhol Carlos Sainz Jr., da Ferrari, foram alguns deles, segundo admitiram nesta sexta-feira (12).
— A vacina foi oferecida para nós e eu tomei a decisão de aceitar. Para mim, quando voltar ao México, não sei quando terei a oportunidade de tomá-la — disse Pérez, um dos pilotos infectados pelo coronavírus durante a temporada passada. — Considerei uma grande oportunidade e obviamente sou grato ao governo do Bahrein por oferecer a vacina para tantas pessoas que viajam pelo mundo — disse Sainz Jr.
Oficialmente, a F-1 rejeitou a oferta do governo do Bahrein por considerar que poderia afetar negativamente a imagem da categoria aceitar doses que poderiam ser fornecidas a pessoas de grupos de risco e outras prioridades. A F-1 indicou que as equipes deveriam ter a mesma orientação.
Porém, integrantes de equipes como Red Bull, Ferrari e Aston Martin tomaram a vacina nos últimos dias, antes do início dos testes da pré-temporada, na cidade de Sakhir. No dia 28, o Bahrein sediará a primeira corrida da temporada 2021.
As doses oferecidas pelo governo local foram produzidas pela Pfizer/BioNTech. Dias antes, o chefe da Alfa Romeo, Frederic Vasseur, testou positivo para a covid-19 e não viajou para o Bahrein. Antes dele, seis pilotos foram infectados, nos últimos meses. Além de Pérez, já testaram positivo Lando Norris, Lewis Hamilton, Charles Leclerc, Pierre Gasly e Lance Stroll.