O governo da Hungria não quer correr riscos com a presença da F-1 no país na próxima semana. O país recebe a terceira etapa do Mundial 2020 no próximo domingo (19), em Hungaroring, e os funcionários das equipes que forem cidadãos britânicos e de país que não fazem parte da União Europeia serão obrigados a cumprir um rígido protocolo – que impede o deslocamento para outros locais que não o autódromo e os lugares onde estarão hospedados. Quem não respeitar as regras pode até ser preso.
"Os participantes de nacionalidade britânica ou de outros países que não são membros da União Europeia (UE) ou do Espaço Econômico Europeu não deverão deixar o circuito para seu alojamento por qualquer motivo, exceto para se deslocar entre esses dois locais e para chegar ou sair da Hungria", disse nota divulgada neste sábado pela Federação Internacional de Automobilismo (FIA).
Esses cidadãos não poderão "usar o transporte público e os táxis" e devem fazer suas refeições apenas no circuito ou em suas acomodações. "O não cumprimento dessas restrições será sancionado pelas autoridades húngaras e poderá resultar em sentença de prisão e/ou multas que podem chegar a 15 mil euros", acrescentou o texto.
Grande parte do paddock é originária do Reino Unido, onde sete das dez escuderias são sediadas. Também foram feitas recomendações a todos os membros participantes da UE "com o objetivo de mostrar claramente a vontade de todas as partes e participantes em respeitar as medidas que o governo húngaro estabeleceu para o desenvolvimento do evento e evitar qualquer confusão dentro da população local".
Para limitar os riscos de contaminação na F-1 em plena pandemia de coronavírus, o paddock foi concebido como uma bolha isolada ao máximo do mundo exterior. Os participantes também serão divididos em subgrupos fechados. Cada um dos integrantes é testado a cada cinco dias, deve usar máscara e respeitar distância física de dois metros das demais pessoas.