Apesar da declaração do presidente Jair Bolsonaro de que há 99% de chances de o Rio de Janeiro passar a receber o GP do Brasil de Fórmula-1 a partir de 2021, o ex-chefão da categoria, Bernie Ecclestone, disse que a prova não deve ir para a capital fluminense.
— Todo mundo sabe que não vai ter GP no Rio, é algo apenas político. O grande problema é que os americanos não entendem a situação. Para negociar com o Brasil, é preciso conhecer o Brasil — disse Ecclestone, em entrevista ao UOL Esporte.
O britânico foi o diretor-executivo da Fórmula-1 até janeiro de 2017, quando foi substituído por Chase Carey quando a categoria foi vendida a um grupo americano, a Liberty Media.
Em uma visita ao Brasil, Carey se reuniu com Bolsonaro e com o governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, a respeito da possibilidade de mudança da prova. Contudo, o dirigente afirmou que mantém negociações abertas também com São Paulo. O contrato da Fórmula-1 com Interlagos vai até 2020.
Para transferir o GP do Brasil para o Rio de Janeiro, seria construído um novo autódromo em Deodoro, na zona oeste da cidade, com capacidade para 130 mil pessoas.
O Brasil tem uma prova de Fórmula-1 desde 1972. O Autódromo de Jacarepaguá recebeu a etapa no Rio em 1978 e de 1981 a 1989. Nas demais edições, a prova foi em Interlagos, em São Paulo.