A Fórmula-1 não tem uma piloto mulher em um GP desde 1976, quando a italiana Lella Lombardi disputou 17 provas e marcou um ponto. Outras categorias do automobilismo mundial já tiveram a presença de competidoras nos últimos anos, com destaques para Danica Patrick na Indy e na Nascar e para a brasileira Bia Figueiredo, também na Indy e na Stock Car desde 2014.
O futuro não indica nenhuma mudança neste panorama. Para tentar remediar a situação, a Federação Internacional de Automobilismo (FIA) lançou nesta quarta-feira (10) a W Series, apenas para pilotos mulheres, a partir do ano que vem. De acordo com a entidade, a ideia é "atualizar o esporte".
– Este é um momento extremamente animador para o automobilismo em geral e para as mulheres em particular, já que pretendemos atualizar o esporte e mostrar ao mundo exatamente do que as mulheres são realmente capazes. Muitos esportes em que mulheres e homens competem igualmente também realizam eventos segregados apenas para aumentar o número de mulheres que participam. Até agora, o automobilismo era o único esporte em que não havia séries separadas para as mulheres – explicou Catherine Bond Muir, CEO da nova modalidade.
A ideia da FIA é lançar a W Series em maio de 2019, com 20 pilotos de todo o mundo. As corridas terão 30 minutos de duração e serão disputadas na Europa. Os carros terão motores parecidos com o da F-3 Europeia, de 1,8 litro.