A temporada 2018 da Fórmula-1 começa neste fim de semana, na Austrália, e já entra para a história do automobilismo antes mesmo da primeira largada do ano.
A categoria terá o inédito confronto entre dois tetracampeões. O inglês Lewis Hamilton, da Mercedes, e o alemão Sebastian Vettel, da Ferrari, são novamente os principais favoritos.
Os dois maiores vencedores da Fórmula 1 atual esperam fechar 2018 com o pentacampeonato e a aparição em um rol bastante seleto.
Quem vencer vai ultrapassar o francês Alain Prost na lista dos tetracampeões e igualar o argentino Juan Manuel Fangio. O vencedor do Mundial só ficaria atrás do heptacampeão Michael Schumacher.
– Tem sido uma grande experiência poder competir com Sebastian, ele é tetracampeão, o maior número que algum piloto atual já conseguiu. Será um ano empolgante para os fãs de F-1 – comentou Hamilton, que igualou o número de títulos do rival ao ser o campeão de 2017.
Vettel encara o campeonato como a chance de recuperar o espaço perdido, pois desde 2013 ele não conquista título.
– Meu objetivo agora é ganhar com a Ferrari e superar quem é o melhor indiscutivelmente. Estou certo de que as estatísticas mostram o quanto Lewis é um dos melhores – afirmou.
A primeira corrida do ano deve indicar qual equipe está mais forte depois dos testes de pré-temporada. Para o brasileiro Felipe Massa, que deixou a categoria no fim do ano passado, a favorita será a escuderia alemã, que ganhou os quatro últimos campeonatos de construtores:
– Pelo que vi da pré-temporada, a Mercedes deve continuar dominando a categoria.
A nova temporada da F-1 terá mais tipos de pneus e menos motores à disposição das equipes e pilotos. Mas nenhuma mudança chamará tanto a atenção do público quanto o Halo, a proteção instalada sobre o cockpit para aumentar a segurança dos pilotos.
Testada por diversas equipes ao longo de 2017, a proteção enfim se tornará permanente em todos os bólidos do grid. O dispositivo, que forma um arco sobre a cabeça do piloto, gerou polêmica e resistência desde os seus primeiros esboços. Hamilton gostou da maior segurança, mas criticou o visual dos carros.
Outra mudança no carro será o fim da "barbatana" estendida na parte traseira do carro. A organização da F-1 acabou com a brecha no regulamento técnico que permitia este dispositivo, agora ausente. Mais visualmente, os fãs vão perceber mais duas cores na lista dos pneus fornecidos pela Pirelli.
Para este ano, a empresa criou os pneus hipermacios, de cor rosa, e os superduros, que serão laranja. Os compostos duros, que tinham esta cor, agora serão azuis. Ambos serão para a pista seca. Há ainda os ultramacios (roxo), os supermacios (vermelho), o macio (amarelo) e o médio (branco).
Para as equipes, a mudança mais complicada será a redução no número de motores. Neste ano, elas terão três unidades de potência para 21 etapas, contra os quatro para 20 corridas em 2017. Pilotos que precisarem de motores extra sofrerão punições, que nesta temporada se tornarão mais simples. Perdas de 15 ou mais posições levarão o carro direto para o fundo do grid na largada.
Sem brasileiros no grid
Neste domingo, às 2h10min (de Brasília), quando os carros se alinharem para a largada, pela primeira vez em 48 anos não haverá brasileiros na disputa pelo título da principal categoria do automobilismo.
Desde a estreia de Emerson Fittipaldi na F-1, em 1970, o Brasil sempre teve pelo menos um piloto defendendo o país nas pistas. A sequência se manteve até o GP de Abu Dhabi do ano passado, quando Felipe Massa deu adeus à F-1 definitivamente, após ter adiado sua aposentadoria por um ano a pedido da equipe Williams, em 2016.
Além de Massa, outros 30 brasileiros correram na F-1 nesse período, sendo que três conquistaram o título do campeonato de pilotos.
GP DA AUSTRÁLIA
Circuito de Melbourne
Voltas: 58
Largada: domingo (23), 2h10min
Transmissão: RBS TV
Vencedor de 2017: Sebastian Vettel (Ferrari)