A temporada da Fórmula-1 que começa neste fim de semana na Austrália promete cinco atrações para os fãs madrugarem motivados no domingo: um campeão que entrará para a história, seis pilotos com chances de vitória, o renascimento de uma lenda, o teste da "F1 Netflix" e a ausência de brasileiros no grid após 48 anos.
A primeira razão é na pista. Lewis Hamilton (Mercedes), atual campeão, e seu rival Sebastian Vettel (Ferrari) buscam o quinto título. Quem ganhar iguala Juan Manuel Fangio e só fica atrás do hepta Michael Schumacher. E se der zebra? A lógica indica Daniel Ricciardo ou Max Verstappen, ambos da Red Bull, que buscam a primeira taça. Logo, o campeão fará história.
O segundo motivo são os sinais de que três equipes lutarão por vitória. Se a Mercedes não blefou na pré-temporada, há boas chances de um equilíbrio entre os alemães, franco-favoritos, Ferrari e Red Bull. Isso significa seis pilotos brigando pelo primeiro lugar e menos chance de monotonia no pódio.
Fernando Alonso é o nome do terceiro motivo: O espanhol, que destronou Schumacher e sua Ferrari imbatível em 2005 e 2006, terá uma McLaren aliando o já ótimo chassi a um motor mais potente (Renault). Talento não falta, convenhamos. Logo, há chances, sim, de que o bicampeão volte ao pódio nesta temporada. Olho nele!
A quarta razão é fora das pistas. Já imaginou comandar do sofá a transmissão da corrida, escolhendo câmeras e até estatísticas em tempo real? E, nas horas vagas, rever corridas épicas da F-1? É o que a Liberty Media promete com a F1 TV. A novidade _ online e via assinatura _ será testada na Europa. Como será um sucesso, deve chegar ao Brasil em breve, o que é ótimo para nós, fãs, cansados de depender de uma Globo que pouco valoriza o esporte.
O último motivo é o fim das críticas e piadas com pilotos brasileiros. É ruim não ter nenhum, óbvio, mas, na prática, nada muda. Afinal, desde 2009 o Brasil não vence nem luta por título. Sem pressão nem comparações, será possível focar no que mais importa: melhorar a gestão do nosso automobilismo, que sepulta talentos por falta de profissionalização e investimentos.
Isso é vital para o Brasil voltar à F-1 não só como mero coadjuvante, mas capaz de disputar vitórias e honrar os oito títulos de Fittipaldi, Piquet e Senna.