Um dos maiores pilotos de todos os tempos da Fórmula-1 completou 65 anos nesta quinta-feira (17). Nelson Piquet Souto Maior, dono de três títulos mundiais, marcou a história da categoria e ajudou o Brasil a ser o terceiro país em número de campeonatos conquistados.
Nascido em 1952, no Rio de Janeiro, Piquet foi o legítimo sucessor de Emerson Fittipaldi, o pioneiro do Brasil entre os campeões mundiais com duas taças. Estreou na F-1 durante a temporada 1978 e, já em 1981, pela Brabham-Ford, sagrou-se campeão ao superar o argentino Carlos Reutemann (Williams-Ford) no GP dos Estados Unidos – disputado, curiosamente, no estacionamento de um hotel-cassino em Las Vegas. Ele venceu os GPs da Argentina, San Marino e Alemanha nesse ano.
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O segundo título veio apenas dois anos depois, ainda pela Brabham, mas já na era dos motores-turbo: desta vez, com um potente BMW – marca a qual teve a carreira associada ao longo dos anos na F-1 –, no primeiro Mundial vencido por um motor turbinado. Desta vez, a briga pelo campeonato foi com os franceses Alain Prost (Renault), René Arnoux e Patrick Tambay (ambos da Ferrari). De novo com três vitórias, no Brasil, Itália e GP da Europa, o brasileiro superou Prost – que liderou grande parte da temporada – nas últimas três corridas e faturou o bi.
Em 1987, o tri veio em nova casa. No seu segundo ano com a Williams-Honda, e de novo com três vitórias no Mundial (na Alemanha, Hungria e Itália), Piquet contou com a regularidade para superar seu companheiro de equipe Nigel Mansell. O inglês teve seis triunfos na temporada, mas não conseguiu marcar pontos em muitas provas, enquanto o brasileiro somou também sete segundos lugares. O título veio na penúltima prova do ano, no Japão, antes mesmo do GP, quando Mansell bateu nos treinos e não disputou a corrida.
Piquet se aposentou da Fórmula-1 ao final de 1991, após defender também Lotus e Benetton, com 23 vitórias, 24 pole-positions e 23 voltas mais rápidas em 204 GPs. Depois, ainda correu as 500 Milhas de Indianápolis – onde sofreu o mais grave acidente da sua carreira, em 1992, ainda nos treinos – e as 24 Horas de Le Mans. Seu filho Nelsinho Piquet passou pela Fórmula-1 e pela Nascar e hoje é piloto da Fórmula-E, tendo sido o primeiro campeão da categoria.