No futebol, jogar em casa faz diferença. E no automobilismo, também. Pelo menos para os três pilotos gaúchos que disputam a temporada 2017 da Stock Car: Vitor Genz (46 – Eisenbahn Racing), Cesar Ramos (30 – Blau Motorsport) e Márcio Campos (31 – Blau Motorsport) aproveitaram a pequena folga após o treino classificatório deste sábado e, em meio a um churrasco e um chimarrão, falaram sobre a etapa do Velopark, em que são anfitriões.
Cada um a seu jeito, os três pilotos têm suas histórias marcadas pelos autódromos gaúchos. Genz, que vai largar da 10ª colocação na primeira bateria deste domingo, a partir das 13h, disse que aprendeu a dirigir na pista de Tarumã, antes de começar a competir.
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– Eu aprendi a dirigir em Tarumã. A tirar o pé da embreagem, como fazia isso, foi em Tarumã. Com 16 anos, comecei a correr de carro. Foi interessante: no Gaúcho de Marcas, às vezes fazia um terceiro lugar, e às vezes deixava o carro apagar. Mas já no meu primeiro campeonato, consegui ser campeão – disse.
Ramos, por sua vez, fez apenas o início do kart no RS, antes de partir para São Paulo e para o automobilismo europeu.
– Minha situação foge um pouco deles. A sensação de correr em casa ainda é novidade para mim, pois depois de correr de kart e de ir para a Europa, foi só quando vim para a Stock Car (em 2015) que conheci Tarumã, o Velopark, Santa Cruz do Sul. É legal correr perto de quem nos conhece, do nosso Estado.
Já Campos sempre foi ligado ao mundo do automobilismo – seu pai, João Campos, foi piloto da Stock Car nos anos 1990 –, mas só começou a correr em 2010, com 24 anos.
– Eu comecei no simulador (risos), e no Velopark vi que ia dar certo no automobilismo. Foi apenas a minha terceira corrida, e já consegui largar da primeira fila, em segundo lugar. Foi aí que vi que podia mesmo ser piloto.
Os três falaram também sobre a tradição gaúcha de acompanhar as etapas da Stock Car, sempre com churrasco nas arquibancadas, e garantiram que o apoio faz a diferença ao longo do final de semana – mesmo que, na hora da prova, a concentração seja total na pista, e não nas arquibancadas.
– Meus amigos vêm, mas sabem a hora em que preciso me focar – explicou Genz. – Ter a torcida, os amigos presentes, ajuda. No carro, não percebemos isso, mas é bom ter o apoio do lado – completou Ramos.