A temporada 2017 da Stock Car, que começa neste final de semana, em Goiânia, está marcada pela expectativa. A promessa é de equilíbrio e emoção até o fim, marca registrada da história da categoria, que completa 39 anos.
Com seis campeões em atividade, e outros quatro que já ficaram próximos do título, o grid da Stock Car é um dos mais competitivos das principais categorias de turismo do planeta, rivalizando com o DTM da Alemanha e o V8 Supercars, da Austrália. E, assim como as outras duas séries, também conta com nomes experientes na Fórmula-1.
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Depois de viver um período conturbado no início da década – quando chegou a registrar um acidente fatal, de Gustavo Sondermann, em uma das provas de acesso –, a Stock se reinventou. A profissionalização dos pilotos ganhou força, e a categoria passou a ser um caminho até mesmo para jovens que buscavam um futuro no automobilismo europeu. É o caso de Felipe Fraga: campeão no ano passado, o tocantinense de 21 anos se tornou o corredor mais novo a faturar o título. Ele passou apenas um ano na Europa antes de apostar de vez nos carros de turismo do Brasil – aposta que valeu a pena, com vitórias e o título logo na sua terceira temporada.
Em 2017, Guga Lima é a novidade entre os guris, fazendo sua estreia na Stock Car aos 20 anos. Na turma dos experientes, os holofotes estão voltados para Rubens Barrichello, campeão em 2014 e piloto com mais provas disputadas na história da F-1. O paulista, que vai defender a Full Time Sports, disputará sua quarta temporada.
O campeonato terá mudanças nas pistas e também no regulamento. A partir deste ano, as duas baterias de cada etapa terão a mesma duração, e a pontuação da segunda prova aumentou, o que vai forçar os pilotos a buscar novas estratégias. Além disso, o reabastecimento voltou a ser obrigatório.
Mas as principais atrações estão na dança de cadeiras. Com a saída da equipe Red Bull, Cacá Bueno – dono de cinco títulos, segundo maior campeão da história e principal vencedor entre os pilotos em atividade – e Daniel Serra tiveram de procurar novas casas. Cacá achou espaço na Cimed Racing, ao lado de Marcos Gomes. Fraga, que conquistou a taça no ano passado, trocou de escuderia e foi para a Cimed ProGP, mantendo o patrocinador. Já Serra foi para a Eurofarma RC, uma das equipes mais tradicionais do circuito, o que deslocou Max Wilson (campeão em 2010) para a RCM.
Sede de três etapas, o Rio Grande do Sul conta com três pilotos na temporada. Vitor Genz, 28 anos, é o mais experiente do trio e vai para seu quinto campeonato, pela equipe Eisenbahn Racing. Já Cesar Ramos e Marcio Campos serão companheiros na Blau Motorsport, estreante entre as escuderias. Ramos, 27 anos, disputou a temporada 2015 e algumas provas em 2016. Campos, 30 anos, é o atual bicampeão do Brasileiro de Turismo, principal categoria de apoio da Stock, e fará sua estreia em 2017.
*ZHESPORTES