Após decretar falência diante das dificuldades financeiras, a Manor não conseguiu encontrar outro investidor e encerrou sua operação na Fórmula-1. Com isso, o grid de 2017 terá 10 equipes, e não 11, como no ano passado.
A decisão também acaba com a chance de o brasileiro Felipe Nasr permanecer na categoria, já que os demais times já definiram seus pilotos. Curiosamente, o próprio brasileiro foi um dos responsáveis pelo problema financeiro da escuderia ao marcar os dois únicos pontos da Sauber na temporada passada.
O nono lugar obtido por ele durante o GP do Brasil, em Interlagos, Nasr fez a equipe suíça ultrapassar a Manor no campeonato de construtores, garantindo milhões preciosos de premiação.
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Preterido pela Sauber, que contratou o alemão Pascal Wehrlein, Felipe acabou tendo de recorrer à Manor para tentar permanecer no grid em 2017. Agora, com a falência do time, só lhe resta começar a articular a volta em 2018. Ao todo, segundo a BBC, 212 funcionários da Manor foram demitidos.
– É profundamente lamentável que a equipe tenha de cessar a negociação e fechar suas portas. A equipe conseguiu desenvolver um grande negócio nos dois últimos anos, se revigorando sob nova propriedade. Operar e dirigir uma equipe de F1, para os altos padrões exigidos, no entanto, exige um investimento contínuo significativo – lamentou Geoff Rowley, responsável pela empresa que administrava a Manor, de acordo com o site Grande Prêmio.
A Manor estreou na F-1 em 2010 com o nome de Virgin. Após duas temporadas péssimas, foi assumida pela Marussia a partir de 2012. Desde então, trocou de nome para Manor Racing, Marussia novamente e voltou a Manor.
O melhor resultado obtido pela escuderia na F-1 foi um 9º lugar em Mônaco, em 2014, com Jules Bianchi – o francês morreu em 2015, por consequências de um grave acidente no GP do Japão ainda em 2014.