O dia 29 de dezembro ficou marcado na memória dos fãs de automobilismo. Há três anos, Michael Schumacher sofria o acidente de esqui que o deixaria no hospital por boa parte de 2014. Desde então, o estado de saúde do ex-piloto é um mistério e domínio exclusivo de familiares e amigos próximos.
Desde o final de 2013, há especulações sobre a situação do alemão. Rumores indicaram que Schumacher estaria pesando apenas 45 quilos e em uma situação dolorosa. Outros, indicam que o heptacampeão mundial de Fórmula-1 teve sinais encorajadores de recuperação. Recentemente, a empresária de Schumi, Sabine Kehm, disse que o estado de saúde do seu cliente continuará como tema particular – o que não parece ser um bom sinal.
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Há 10 dias, um paparazzo afirmou ter fotos exclusivas de Schumacher e tentou vendê-las por R$ 4,2 milhões a veículos de comunicação. A promotoria alemã abriu uma investigação para averiguar o caso e impedir que a privacidade do ex-piloto fosse invadida.
Schumacher foi sete vezes campeão mundial de Fórmula-1 – dois títulos pela Benetton e cinco pela Ferrari. Ele se aposentou inicialmente em 2006, mas retornou em 2010 e fez mais três temporadas pela Mercedes. O acidente ocorreu cerca de um ano depois de sua aposentadoria definitiva.
O acidente
Michael Schumacher se acidentou no dia 29 de dezembro de 2013, enquanto esquiava nos Alpes Franceses, mais precisamente em Méribel. O alemão bateu com a cabeça em uma pedra e sofreu um grave traumatismo craniano. Ele foi resgatado de helicóptero e levado com urgência para o centro médico de Moutier. Em seguida, foi encaminhado ao Hospital de Grenoble, onde seria submetido a cirurgia no cérebro e permaneceria em coma por vários meses.
Os primeiros meses de recuperação
As semanas posteriores ao acidente de Schumacher foram de especulações sobre a causa da queda do heptacampeão da Fórmula-1, e de grande apoio de fãs e da comunidade internacional do automobilismo. No noticiário internacional, cogitou-se que Schumi estava em alta velocidade quando bateu a cabeça, e que uma câmera portátil presa ao seu capacete teria agravado as lesões. Enquanto isso, torcedores faziam vigília em frente ao Hospital de Grenoble, enviando pensamentos positivos e rezando pela recuperação do alemão. Nas pistas, as homenagens vieram dos mais diversos cantos, como na Fórmula-1 e em categorias brasileiras. Durante a internação de Schumacher na França, ele recebeu visitas de nomes como Felipe Massa e Jean Todt, presidente da Federação Internacional de Automobilismo (FIA) e ex-chefe do alemão na Ferrari.
Alta e ida para casa
Em meados de abril de 2014, os primeiros sinais de melhora começaram a aparecer. Sabine Kehm reportou que ele alternava momentos de consciência e despertar. Dois meses depois, em junho, finalmente Schumi deixou o Hospital de Grenoble. Foram seis meses em recuperação na França. Em seguida, o ex-corredor da Ferrari seguiria seu tratamento em uma clínica em Lausanne, na Suíça. Ele foi para casa em setembro daquele ano.
Sumiço do prontuário e morte do responsável
O caso Schumacher teve uma polêmica em seu curso. Alguns prontuários médicos com relatos da saúde do alemão foram roubados. A investigação chegou à empresa Rega, especializada em transportes aéreos via helicóptero e que levou Schumi da França para a Suíça. Um alemão de identificação não revelada e funcionário da Rega foi preso, acusado de pegar os prontuários. Enquanto estava detido em Zurique, o homem, de aproximadamente 54 anos, foi encontrado morto.
Situação atual
Depois de informações ao longo de 2014, os últimos dois anos têm sido de mistério e incertezas. Apesar de algumas declarações de amigos próximos, o estado de saúde é mantido em mistério. A família prefere que o grande público não tenho acesso às informações e, com isso, os últimos meses são envoltos em especulações e rumores. Schumacher encontra-se em recuperação em sua residência em Gland, na Suíça. O tratamento é feito por uma equipe médica especial para o ex-piloto.