Desde Ayrton Senna, Felipe Massa foi o brasileiro que chegou mais perto de se tornar campeão na Fórmula-1. Derrotado em 2008 na última curva do GP do Brasil, em um final dramático, ele deixa a categoria com 11 vitórias – quarto piloto que mais venceu pela Ferrari, empatado com Fernando Alonso – e com a admiração de fãs, pilotos e equipes.
A última corrida, pela Williams, será disputada neste domingo, em Abu Dhabi. A seguir, relembre os números de Felipe Massa na Fórmula-1, cinco grandes momentos e o desempenho temporada a temporada.
Os cinco grandes momentos da carreira de Massa
Da estreia à 1ª vitória (2002-2006)
Contratado como promessa pela Ferrari, estreou na F-1 pela Sauber, em 2002 (foto), e foi 6º logo na segunda corrida, na Malásia. O bom desempenho o credenciou a substituir Rubens Barrichello no time italiano como companheiro de Michael Schumacher, em 2006. Após o primeiro triunfo, na Turquia, Massa venceu no Brasil, usando um macacão verde-amarelo. Foi a primeira vitória em casa desde a de Ayrton Senna, em 1993.
Vice por um ponto (2008)
O grande momento de Massa na F-1 foi em 2008, quando perdeu o título por apenas um ponto, em Interlagos. Venceu a corrida (foto) em casa pela segunda vez na carreira, mas Lewis Hamilton (McLaren) passou Timo Glock (Toyota) a 500 metros da bandeirada e, em 5º, levou o campeonato.
Naquele ano, Massa perdeu 10 pontos ao abandonar o GP da Hungria a três voltas do final, após o motor da Ferrari estourar. Em Cingapura, onde a Renault armou um acidente proposital para beneficiar Fernando Alonso, o brasileiro, que liderava a prova, acabou não pontuando após a Ferrari errar e liberá-lo dos boxes com a mangueira de combustível presa ao carro.
Acidente na Hungria (2009)
No treino para o GP da Hungria, Massa foi atingido na cabeça por uma mola que se soltou do carro de Rubens Barrichello (Brawn). O impacto afundou o capacete do brasileiro (foto), que ficou inconsciente e bateu forte na proteção de pneus. Com lesões no crânio e no cérebro, ficou nove dias no hospital.
Recuperou-se sem sequelas, mas teve de abandonar o restante da temporada. A incerteza sobre sua condição física e se seria capaz de retomar a carreira foi um dos motivos que levou a Ferrari a contratar o espanhol Fernando Alonso para 2010. Muitos culpam o acidente pelo fato de o piloto nunca mais ter repetido o mesmo desempenho de 2008.
Ordens de equipe e segundo piloto (2010-2013)
Exatamente um ano depois do acidente, Massa liderava o GP da Alemanha. Mas a redentora vitória foi pelos ares após a Ferrari ordenar pelo rádio que o brasileiro cedesse o primeiro lugar para o companheiro de time, Fernando Alonso (foto), que vinha em segundo. “Fernando é mais rápido do que você”, anunciou o engenheiro pelo rádio. Massa hesitou, e a mensagem foi repetida. Acabou cedendo. Dali em diante, perdeu força e virou segundo piloto da equipe, indo ao pódio apenas cinco vezes em 66 provas.
Renascimento na Williams (2014-2016)
Dispensado pela Ferrari, assinou com a Williams, que havia ficado em antepenúltimo em 2013. Mas a mudança nas regras para 2014 embaralhou o grid, e os ingleses acertaram a mão. Massa foi pole e pódio na Áustria (foto) e quase venceu em Abu Dhabi. Também foi ao pódio, em 2015, duas vezes. Em 2016, porém, a equipe ficou mais para trás, um dos motivos que o levaram a decidir pela aposentadoria.