Aos 23 anos, Marc Márquez tem a chance de conquistar na madrugada deste domingo seu terceiro título da MotoGP 2016 com três etapas de antecipação. O tricampeonato (venceu em 2013 e 2014) já seria um feito incrível. Mas o espanhol da Honda pode ingressar de vez no clube dos grandes pilotos da categoria porque vai superar nomes consagrados como os do heptacampeão Valentino Rossi e de Jorge Lorenzo, dono de três títulos mundiais.
As chances de o Formiga Atômica sair com a taça no circuito de Motegi, no Japão, são pequenas, pois precisaria de uma combinação improvável de resultados. Marc teria de vencer a corrida e torcer para Rossi chegar em 15º e Lorenzo não passar da 4ª posição. Mas, tratando-se de MM93, nada parece impossível.
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Mesmo que o título não venha no GP japonês, é missão quase impossível para os dois adversários da Yamaha desbancá-lo. Depois da etapa deste fim de semana, faltarão apenas mais três corridas para o final do campeonato: Austrália (23/10), Malásia (30/10) e Espanha (13/11). Com cem pontos em disputa (cada vitória vale 25 pontos), Márquez tem vantagem de 52 para Rossi e 66 para Lorenzo.
Em um esporte sujeito a quedas que podem afastar os competidores por semanas, tudo pode acontecer – companheiro de Márquez, o também espanhol Dani Pedrosa sofreu forte queda no treino de sexta-feira, fraturou a clavícula direita e está fora da prova, correndo sério risco de perder o restante da temporada. Mas a versão 2016 de Márquez é bem menos adepta aos tombos e rompantes. O espanhol parece ter, enfim, encontrado a maturidade.
Na quinta etapa do ano, na França, Márquez sofreu uma queda e, ao não pontuar, perdeu a liderança para Lorenzo. Na corrida seguinte, na Itália, numa disputa emocionante, foi superado por Rossi e contentou-se com o vice. Tudo indicava que a disputa do troféu ficaria com os concorrentes da Yamaha. Foi então que o espanhol mostrou que, além de incrivelmente veloz, pode ser cerebral. Enquanto os rivais sofriam quedas, ele alcançava sempre um lugar no pódio.
– Muitos erros e um pouco de azar. Por isso, estou muito longe. Mas o Márquez não foi apenas rápido neste ano em todas as condições de pista. Ele também fez as escolhas certas – analisou Rossi. – Por isso, será muito difícil tirar estes 53 pontos. Podemos nos manter forte e não desistir, lutando até o final, mas eu acho que é muito difícil – completou o piloto italiano, que é conhecido pela competência e sorte na carreira, mas que, em 2016, em duas provas que liderava, viu seu motor explodir em uma corrida e caiu sozinho em outra.
Acompanhar a etapa japonesa será um teste de insônia para os fanáticos fãs brasileiros. A largada da categoria principal está marcada para as 3h de domingo – a Moto2 tem início à 1h20min e, ainda no sábado, às 23h, será disputada a Moto3. O SporTV anuncia a transmissão ao vivo.