Sabe aquela máxima de que o jogo só acaba quando o juiz apita o seu final? No automobilismo, basta trocar o apito pela bandeira – mas a lógica é a mesma. A Toyota provou mais uma vez isso neste domingo na Le Mans. A sonhada vitória do time japonês nunca esteve tão próxima e, depois de liderar toda a prova, com uma volta de vantagem para a Porsche, a Toyota viu seu carro #5 quebrar faltando seis minutos para o fim de uma prova que dura 24 horas. Quem conduzia o bólido TS050 para o final era Kazuki Nakajima (o trio era formado ainda por Sébastien Buemi e Anthony Davidson).
Conduzido por Neel Jani, Romain Dumas e Marc Lieb, o 919 levou à Porsche a sua 18ª vitória em Sarthe, além de repetir o feito consecutivamente depois da conquista de 2015. Quem também subiu no resultado final foi o carro #6 da Toyota, de Stéphane Sarrazin, Mike Conway e Kamui Kobayashi, que terminou em segundo. Em terceiro lugar ficou o carro #8, da Audi, de Lucas di Grassi, Loic Duval e Oliver Jarvis.
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A corrida
A 84ª edição da prova começou com chuva, o que provocou pela primeira vez na história uma largada com safety-car, que ficou na pista por mais de 50 minutos. E, com a pista seca, a Porsche logo foi alcançada pela Toyota e Audi.
Contando com algumas voltas extras a cada stint, a Toyota conseguiu assumir o controle da corrida com o carro 36 depois de seis horas de prova, enquanto a Porsche se mantinha como a única adversária real, enquanto a Audi não apresentava ritmo para brigar. Na hora nove, Kobayashi levou o carro #6 para o box, voltando do pit tendo a Porsche no encalço, até que um problema na bateria exigiu ao time um pit de 25 minutos – a situação só não ficou pior devido ao safety-car na pista, que diminuiu o ritmo da prova.
Ainda em bandeira verde, a Toyota levou o carro #6 ao pit, permitindo a chegada da Porsche #2 e do modelo japonês de número #5. A Audi, que fez uma prova apagada e pouco competitiva, só se recuperou nas horas finais, resgatando alguma chance de brigar pela vitória – porém, faltando 4 horas para o final, o time enfrentava outro problema nas mãos de Duval, tendo que enfretar uma parada de 40 minutos – ainda assim garantiria seu lugar no pódio.
A partir daí, depois do pit do #6, o carro #5 da Toyota passou a dominar a prova na reta final da disputa, até a quebra faltando 6 minutos para a bandeirada – entregando, então, de bandeja a vitória à Porsche.
Os outros brasileiros
Além de Di Grassi, que foi ao pódio com a Audi, a prova teve ainda Nelsinho Piquet, que andou a bordo de um problemático Rebellion. Mesmo assim, o trio, que trazia ainda Nicolas Prost e Nick Heidfeld, ficou com o primeiro lugar entre os times independentes (sem montadora). Na LMP2, Ozz Negri ficou em nono, Bruno Senna, o décimo, e Pipo Derani foi o 16º colocado. A vitória na LMP2 ficou com a equipe Signatech Alpine, comanda por Nicolas Lapierre, Stéphane Richelmi e Gustavo Menezes.
*LANCEPRESS