O diretor esportivo da Pirelli, Paul Hembery, negou que a empresa tenha criado os atuais compostos com a intenção de ser um desafio impossível para as equipes da Fórmula-1.
- Não é verdade que nós tentamos criar intencionalmente um desafio impossível. Nos próximos testes, com o carro de testes da Renault, nós iremos verificar o que os times têm a dizer - disse o dirigente à revista italiana Autosprint.
O dirigente elege o desenho do carro para que os pneus fiquem menos estáveis e sejam afetados no que diz respeito ao comportamento da borracha.
- Não concordo com quem diz que nossos pneus sejam muito sensíveis. A temperatura está de acordo com os valores estimados. O que mudou, significamente, é a maneira com que os pneus são usados neste ano. Você pode ver que existem muito mais saídas de traseira nas pitas. Nós ouvimos comentários dos pilotos lamentando a falta de tração, mas, na minha opinião, esse problema não existe - defendeu.
- A alteração na configuração dos escapamentos fez com que os carros ficassem menos estáveis. Isso causa mais derrapagem e é normal que você não pode usar os pneus.Outro aspecto é que, atualmente, o desempenho dos carros está mais próximo. No ano passado, existia um segundo de separação entre a Red Bull e a McLaren. Enquanto isso, nós vimos na Espanha 16 carros no mesmo segundo no Q2 - completou.
Durante a temporada 2012, a Fórmula-1 viu cinco equipes diferentes vencendo nas cinco primeiras corridas. Além disso, as poles ficaram com quatro pilotos diferentes (seriam três, mas Lewis Hamilton foi punido e Pastor Maldonado herdou o primeiro lugar no grid) nas cinco corridas do ano.