Sair - mas sem se distanciar demais - do ambiente teórico das salas de aula e aplicar os novos conhecimentos em busca de soluções para problemas de empresas reais. Este é um dos objetivos das empresas juniores (EJs), associações civis sem fins lucrativos em que alunos de graduação prestam serviços e desenvolvem projetos para outras empresas e para a sociedade em geral.
Como é possível se tornar membro logo no primeiro semestre de graduação, vale a pena considerar quais faculdades têm uma empresa júnior na hora de escolher onde cursar. Na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), há seis EJs fortalecendo a preparação de acadêmicos como Marcos Magnus de Souza, 20 anos, aluno do sexto semestre de Engenharia de Produção.
Membro da EPR Consultoria há mais de um ano, Marcos é o atual diretor-presidente do empreendimento. Depois de já ter atuado como consultor e gerente, ele destaca os benefícios na formação de quem participa de uma EJ:
- O movimento das empresas juniores surgiu com o objetivo de trazer o mercado para a sala de aula. A verba que entra é revertida em melhorias para a empresa e financia nossas bolsas de capacitação. Nós não recebemos em dinheiro. Nosso "salário" vem em créditos para fazermos outros cursos de formação - explica.
Também acadêmico do sexto semestre, Julierme Rocha, 22 anos, diretor de marketing e vendas da EPR, enxerga algumas vantagens na participação em uma empresa júnior em comparação a uma experiência de estágio:
- Em um estágio, o estudante não é necessariamente um agente atuante, faz tarefas que são delegadas a ele. Em uma empresa júnior, o aluno recebe orientação de professores no projeto, mas faz todo o trabalho. Se tu não fizeres direito, o ônus é todo teu.
O que faz a EPR Consultoria
Com 18 integrantes no total, a EPR presta consultoria em nove áreas da Engenharia de Produção: estratégia organizacional, análise ergonômica, logística, estudo de layout, gestão por processos, produção enxuta, gestão de qualidade, programação e controle da produção e análise de custos.
- Os clientes percebem que estão com um problema em algum setor. Aí, nos chamam para identificarmos esse problema e propormos soluções - diz Marcos.