_ Tire o foco da escolha profissional e o coloque na vida.
A afirmação é do psicólogo Fernando Elias José, especializado na preparação para provas e concursos. No seu cotidiano, Fernando encontra muitos estudantes indecisos, que pensam na definição profissional de forma específica. A partir das disciplinas da escola, por exemplo. Para ele, ater-se apenas a alguns pontos pode atrapalhar o jovem. Então, quanto mais o leque for aberto, melhor.
Especialista em terapia cognitivo-comportamental e em avaliação psicológica, Cláudia Wachleski lembra que um dos aspectos fundamentais, e muitas vezes esquecido pelos alunos, é conhecer a si mesmo.
_ Às vezes, o adolescente gosta de ler sites de economia e desconsidera essa informação, que claramente demonstra um interesse, na hora de decidir _ comenta.
Com a chegada das provas de verão, os especialistas elaboraram dicas para auxiliar os vestibulandos na escolha. Abaixo, você também encontra um teste de avaliação de interesses e atividades profissionais. As duas ferramentas foram pensadas para que você se conheça mais e, assim, ganhe instrumentos para fazer a melhor opção.
Amplie seu olhar
- Faça uma lista do que você não suporta, sejam ambientes, como um hospital, ou habilidades, como trabalhar em grupo. Esse check-list ajuda a eliminar atividades que você não toleraria fazer.
- Pense nos seus hobbies (leitura, prática de esportes ou gosto por jogos eletrônicos). Muitos se relacionam diretamente com atividades profissionais.
- Leve em consideração suas fontes de interesse, sejam na internet, na escola, em jornais ou em revistas. Assim você consegue aliar a futura carreira ao seu estilo de vida.
- Pense na forma como você gosta de estudar e fazer atividades. Ao ar livre ou em um lugar fechado? De forma isolada, com equipamentos tecnológicos? Rodeado de gente? Essas respostas são importantes na hora de optar por um curso de graduação.
- Busque informações sobre as profissões mais interessantes para você. Procure ler sobre o curso, ir a feiras das profissões ou conversar com profissionais. Quanto mais informações você tiver, melhor.
Não pense pequeno
- O fato de o mercado de determinada profissão estar em ascensão não pode determinar a escolha. Não adianta tomar decisões pensando apenas em ganhar dinheiro quando, na verdade, o curso que está em alta não se encaixa no seu perfil.
- Não se baseie somente nas disciplinas da escola para fazer sua opção. As matérias são apenas uma parte e, muitas vezes, algo um pouco distante das profissões.
- A escolha de uma graduação não pode ser 100% racional, pois exige que o aluno se conheça. Por isso, tente pesar a parte emocional. É possível querer ser médico, por exemplo, mas não gostar de lidar com pessoas, o que será um empecilho no futuro.
- Tente ir além do estereótipo de cada profissão. É preciso saber o que a pessoa faz no dia a dia, que atividades mais desenvolve e de que forma. Isso é algo mais amplo, que ajuda na escolha.
- Não adianta você achar alguma coisa legal, como computadores ou gadgets, e não gostar de informática, por exemplo. É preciso descartar algumas áreas, às vezes por uma questão de habilidade, mesmo que sejam interessantes.