Em entrevista ao programa Atualidade, da Rádio Gaúcha, na manhã desta quinta-feira (16), o governador Eduardo Leite projetou a abertura de um segundo concurso para professores da rede estadual de ensino ainda neste ano. Na quarta-feira (15), a Secretaria de Educação do Rio Grande do Sul lançou a primeira seleção em 10 anos, com 1,5 mil vagas distribuídas entre as 30 Coordenadorias Regionais de Educação (CREs).
O concurso público em questão tem inscrições abertas até 17 de abril, por meio deste site, e contempla os componentes curriculares de Língua Portuguesa, Matemática, Língua Inglesa, Química, Física, Geografia e Biologia, além de profissionais da Educação Especial, Educação Indígena e Educação Profissional.
A falta de oportunidades para as áreas de História, Sociologia, Ensino Religioso, Filosofia, Arte, Educação Física e Língua Espanhola, bem como para professores de Anos Iniciais do Ensino Fundamental, foi criticada por profissionais interessados em participar do certame. Durante a entrevista, Leite foi questionado sobre o motivo para a não abertura dessas vagas e afirmou que o Estado costuma fazer contratações emergenciais e que a seleção não tem como objetivo substituir todos os profissionais contratados emergencialmente.
Neste momento, destacou a intenção de lançar outro certame ainda em 2023:
— É importante deixar claro que o Estado ficou 10 anos sem fazer concurso nesta área. Estamos fazendo um primeiro concurso agora, mas não levaremos outros 10 anos para fazer um novo. A minha expectativa, inclusive, é de até o final deste ano termos um novo concurso para o magistério.
O governador comentou ainda que não pode fazer uma substituição total e repentina de mais de 20 mil professores que têm contratos emergenciais, não apenas por uma questão de custo, mas também operacional.
— Imagina ter que tirar professores e colocar outros no meio do ano letivo? É uma operação sensível e complexa essa troca de professores de contrato emergencial para concurso público. Por isso, precisa ser feita com tranquilidade — ressaltou.
O concurso lançado na quarta-feira prevê o pagamento de uma taxa de inscrição de R$ 110, com previsão de isenção total para candidatos que sejam pessoas com deficiência e que possuam renda per capita familiar de até um salário mínimo e meio nacional. As provas devem ser aplicadas em 25 de junho, em diferentes municípios gaúchos.