Lançado nesta terça-feira (14), o concurso público de professores para a rede estadual de ensino do RS ocorrerá pela primeira vez em 10 anos. O certame prevê 1,5 mil vagas, distribuídas entre as 30 Coordenadorias Regionais de Educação (CREs).
As inscrições começaram às 9h desta quarta-feira (15) e seguem até 17 de abril — é preciso acessar este site. A data provável para aplicação da prova é 25 de junho.
A seleção contempla os componentes curriculares de Língua Portuguesa, Matemática, Língua Inglesa, Química, Física, Geografia e Biologia, além de profissionais da Educação Especial, Educação Indígena e Educação Profissional. Veja perguntas e respostas sobre o concurso.
Quantas vagas estão previstas no concurso?
São 1,5 mil vagas, distribuídas em todas as regiões do Estado. Posteriormente, podem ser chamados mais candidatos aprovados, em caso de demanda dentro do prazo de validade de dois anos do edital.
Qual o valor da inscrição?
O custo é de R$ 110. No entanto, há previsão de isenção total da taxa de inscrição a candidatos que sejam pessoas com deficiência e que possuam renda per capita familiar de até um salário mínimo e meio nacional.
Posso me inscrever para mais de uma vaga?
Não. A inscrição em concurso público é restrita a uma por pessoa.
Qual o salário previsto para essas vagas?
No edital, consta a remuneração para 20 horas semanais de trabalho, que varia de R$ 2.019,27, para os cargos de professor de línguas caingangue e guarani para Anos Iniciais do Ensino Fundamental, a R$ 2.120,17, para o restante dos cargos. No entanto, os docentes poderão acumular até 40 horas de trabalho semanais, caso haja demanda nas escolas, o que dobraria o salário. Também será possível, a depender das condições, o pagamento de acréscimos como adicional noturno, de penosidade, de local de exercício e de atendimento a pessoas com deficiências ou com altas habilidades.
Há vagas para a docência em todos os componentes curriculares?
Não. As áreas com a maior quantidade de vagas são Língua Portuguesa, com 266, e Matemática, com 250. Também há vagas para o ensino de Língua Inglesa, Geografia, Biologia, Física e Química, cada uma com 150, além de postos em diferentes níveis para a docência em Educação Indígena e em cursos técnicos. No entanto, não há previsão de vagas para as áreas de História, Sociologia, Ensino Religioso, Filosofia, Arte, Educação Física e Língua Espanhola, bem como para professores de Anos Iniciais do Ensino Fundamental.
Por que não há vagas para alguns componentes curriculares?
Segundo a Secretaria Estadual de Educação, o edital priorizou as áreas que tiveram vagas abertas após um estudo do quadro de recursos humanos que apontou as maiores necessidades e identificou a relação de componentes curriculares na qual a demanda não estava sendo suprida. Com relação aos Anos Iniciais, a pasta informou que, ao longo dos anos, essa etapa foi se tornando de responsabilidade das redes municipais, o que fez com que diminuísse a demanda por docentes. A pasta afirma que esse estudo “foi apresentado para a Assembleia Legislativa de forma prévia ao edital e passou por um amplo debate com representantes de órgãos públicos e sociedade civil”.
Haverá reserva de vagas?
Sim. Pela primeira vez, já que não havia concurso de professores na rede estadual há 10 anos, o certame contará com pessoas com deficiência (10%), indígenas (1%), negros (16%) e transgêneros (1%). Também serão realizadas provas específicas para as comunidades guarani e caingangue, para atuação dos docentes junto às comunidades.
Quando a prova será realizada?
A data provável para a aplicação da prova é 25 de junho à tarde. Ainda não há, porém, a divulgação do horário e do local do exame.
Onde a prova será realizada?
As provas serão realizadas nos municípios de Bagé, Bento Gonçalves, Cachoeira do Sul, Canoas, Carazinho, Caxias do Sul, Cruz Alta, Erechim, Estrela, Gravataí, Guaíba, Ijuí, Osório, Palmeira das Missões, Passo Fundo, Pelotas, Porto Alegre, Rio Grande, Santa Cruz do Sul, Santa Maria, Santa Rosa, Santana do Livramento, Santo Ângelo, São Borja, São Leopoldo, São Luiz Gonzaga, Soledade, Três Passos, Uruguaiana e Vacaria.
Preciso me inscrever para trabalhar na mesma região onde farei a prova?
Não. Na hora da inscrição, é preciso sinalizar em qual cidade será feita a prova e em qual CRE há interesse em trabalhar. Contudo, as regiões podem ser diferentes entre si.
Como será a prova?
O concurso consiste em uma prova objetiva e uma redação. A prova objetiva será composta por 60 questões distribuídas por áreas de conhecimento. Cada questão terá cinco alternativas, sendo apenas uma delas correta. Para ser aprovado, o candidato deverá obter, no mínimo, 50% da pontuação máxima possível em cada área de conhecimento e, no mínimo, 60% da pontuação máxima possível na prova, bem como ficar classificado dentro da linha de corte.
A prova de redação será aplicada aos candidatos para todas as áreas e habilitações. Será proposto um tema, baseado em um ou mais textos ou fragmentos de textos. O candidato deverá fazer uma dissertação com valores, opiniões, crenças, hipóteses e ideias. Será necessário obter ao menos 50 dos 100 pontos previstos nessa prova para que o candidato seja aprovado.