UFSM elabora projeto para retorno do vestibular ainda em 2022

Está em andamento pela pró-reitoria de Graduação da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) um estudo para o possível retorno do vestibular e de algo semelhante ao que era o Programa Especial de Ingresso ao Ensino Superior (Peies) da instituição. Desde 2015, o ingresso na instituição é exclusivamente pelo Sistema Unificado de Seleção (Sisu), com as notas obtidas pelo Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).

A proposta para a volta do vestibular e das provas do que será o processo seletivo seriado está em discussão nas unidades de ensino da universidade. Essa consulta deve ser concluída em fevereiro. Após isso, até março, uma proposta consolidada será apresentada ao Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (Cepe).

O desejo é que já neste ano possa ser lançado o primeiro edital, com previsão para setembro. Com isso, as provas, tanto do vestibular quanto a primeira do processo seletivo seriado já poderiam ser aplicadas em dezembro ou em janeiro do ano de 2023.

A proposta é que no primeiro ano, 70% das vagas continuem sendo oferecidas pelo Sisu e 30% pelo vestibular. No ano seguinte, a divisão seria pela metade. Já no terceiro ano, com a última prova do processo seletivo seriado, 40% das vagas seriam para esses alunos, 30% pelo vestibular e 30% pelo Sisu.

Para o pró-reitor de graduação, Jerônimo Tybush, esse modelo misto vai dar mais chances aos alunos porque eles poderão concorrer pelo Sisu e também pelo vestibular ou pelo processo seriado.

— Isso é uma ideia que está partindo da gestão, mas que precisa ser maturada e discutida com todas as unidades. Essa proposta traz uma possibilidade de escolha muito grande e um dinamismo à proposta, utilizando todas as nossas formas de preenchimento de vaga. O Sisu também traz um déficit de proximidade com as comunidades, principalmente com a educação básica. Então, começamos a pensar como poderíamos criar um modelo que pudesse contemplar todas essas realidades — destaca.

Após a conclusão das discussões nas unidades, a proposta será enviada ao Conselho de Ensino, Pesquisa e Educação e precisa ser aprovada por maioria simples.