Com o aumento da vacinação contra a covid-19 e a redução nos índices de casos e hospitalizações pela doença nos últimos meses, o clima entre as universidades federais é de retomada gradual das atividades presenciais. Com exceção da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), que ainda trabalha na finalização das diretrizes para um retorno mais amplo, as outras instituições têm aumentado o número de aulas práticas permitidas dentro dos campi. A maioria planeja um retorno pleno, que inclua também aulas teóricas presenciais, para o primeiro semestre de 2022, a ser iniciado entre março e maio do ano que vem.
A Universidade Federal do Rio Grande (Furg) conta com um plano de contingência com três fases, visando um retorno lento e gradual à presencialidade. Na segunda-feira (18), foi iniciada a fase um. Com isso, as atividades administrativas passam a adotar um formato híbrido. As atividades de ensino e extensão seguem remotas.
Em 16 de novembro, começa a fase dois e as atividades administrativas da Furg passarão a ser totalmente presenciais, mas com escalonamento entre os servidores. Disciplinas práticas e teórico-práticas essenciais para fases finais e intermediárias poderão ser oferecidas presencialmente e será possível realizar cerimônias de outorga de grau em formato presencial. Já a fase três está prevista para abril de 2022, quando todas as atividades de ensino, pesquisa e extensão poderão ser retomadas, a depender do cenário sanitário.
Também na última segunda-feira, a Universidade Federal de Pelotas (UFPel) retomou 125 disciplinas práticas na modalidade presencial. Até então, apenas os cursos de Medicina e Odontologia tinham práticas presenciais. Foram priorizadas demandas muito acumuladas e necessidades de formandos.
Para 7 de fevereiro de 2022, quando se inicia o segundo semestre de 2021 na UFPel, está previsto o retorno de todas as disciplinas práticas de todos os cursos. As aulas teóricas ainda devem ser mantidas no formato remoto. Lá, não há definição de data para o retorno pleno.
Na Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), por enquanto apenas cursos da área da Saúde têm aulas práticas ocorrendo de forma presencial. Entretanto, outros cursos já enviaram seus planos de contingência, que poderão ser aprovados nos próximos dias, permitindo, assim, a volta da presencialidade parcial.
A instituição trabalha com a possibilidade de retorno pleno das aulas presenciais no primeiro semestre de 2022, o que dependerá da manutenção dos baixos índices de contaminação e hospitalização por covid-19. O primeiro semestre letivo deverá começar entre março e abril do ano que vem.
Na Capital, a Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA) liberou em setembro a oferta de aulas práticas, voltadas principalmente para alunos que estão perto de se formarem. Até então, somente aulas práticas prioritárias eram disponibilizadas, e em locais externos ao campus. A retomada faz parte da fase dois de um programa elaborado pela instituição, composto por cinco fases. Ainda não há previsão de retorno pleno.
Com três campi diferentes no Rio Grande do Sul, a Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS) tem um programa de retomada das atividades presenciais composto por cinco Níveis de Segurança Operacional (NSO). O campus de Cerro Largo opera desde setembro no NSO 3, que permite o desenvolvimento de aulas práticas presenciais em laboratórios e áreas experimentais, de forma escalonada.
— A partir de novembro, quando se inicia o próximo semestre, seguiremos com as aulas práticas presenciais e poderemos ainda ter o retorno de parte das aulas teóricas presenciais — destaca o diretor do Campus Cerro Largo, Bruno München Wenzel.
No Campus Erechim, o NSO 2 — mais brando do que o 3 — foi adotado nesta semana. Com isso, mais atividades práticas serão permitidas. Segundo a diretora em exercício do Campus Erechim, Sandra Pierozan, o planejamento é de retorno às atividades presenciais na unidade em 1º de fevereiro de 2022. O primeiro semestre de 2022, a ser iniciado em abril de 2022, deverá retornar à presencialidade, não havendo mais autorização legal para o oferecimento do ensino remoto.
Já no Campus Passo Fundo, que conta apenas com o curso de Medicina, as atividades práticas já ocorrem presencialmente desde agosto de 2020. As teóricas estão retornando gradualmente — cerca de 35% ocorrem de forma presencial. O retorno pleno deve ocorrer em março.
A Universidade Federal do Pampa (Unipampa) aprovou portaria para retomar as aulas presenciais também em abril de 2022. Entre novembro de 2021 e janeiro de 2022, haverá a recuperação das atividades práticas represadas.