O gabinete de crise do governo do Rio Grande do Sul alterou os protocolos sanitários da educação e decidiu, na tarde desta quarta-feira (27), tornar a frequência nas aulas presenciais obrigatória tanto para a rede pública quanto privada. A data em que a obrigatoriedade passará a valer ainda será anunciada.
O governo não detalhou ainda os protocolos de distanciamento entre as classes que serão adotados no novo formato. Atualmente, as crianças precisam permanecer a um metro umas das outras. A regra atual garante a oferta do ensino híbrido, isto é, tanto presencial quanto remoto, a depender da decisão dos alunos e familiares.
Na terça-feira (26), o governador Eduardo Leite já havia indicado a tendência de volta das aulas presenciais obrigatórias. Na ocasião, Leite afirmou que a intenção era avançar "na direção de retirar qualquer restrição" para as turmas ficarem completas em sala de aula.
A obrigatoriedade vale para todas as séries da Educação Básica e não afeta as instituições de Ensino Superior.
A reunião começou por volta das 15h10min, durou cerca de uma hora e foi realizada de forma remota. O governador comandou o encontro de seu gabinete, no Palácio Piratini.
A obrigatoriedade de ensino presencial é uma bandeira do Sindicato do Ensino Privado (Sinepe), entidade que representa as instituições privadas de ensino. Já o Cpers, entidade de classe dos professores estaduais, se mantinha contrário à medida.
A retomada presencial e obrigatório do ensino já foi determinada nos Estados de São Paulo e Mato Grosso.