Pela primeira vez em 20 anos de existência, a Universidade Estadual do Rio Grande do Sul (Uergs) terá uma sede própria para abrigar a sua reitoria. Até então, a administração central da instituição funcionava em um prédio alugado na Rua 7 de Setembro, no Centro Histórico de Porto Alegre. Agora, mudará de endereço: passará a operar na Rua Washington Luiz, também no Centro Histórico, onde antes era a sede da Fundação de Ciência e Tecnologia (Cientec), que está em processo de extinção desde 2018.
O termo de cessão de uso do prédio 4 da antiga Cientec foi assinado nesta sexta-feira (9) pelo governador Eduardo Leite, que também assinou um termo de compromisso de transferência do restante do complexo da fundação. A estrutura abrange oito áreas de pesquisas, 25 laboratórios e mais de 100 equipamentos. Antes da mudança para o novo prédio, o governo do Estado ainda precisa realizar o processo de licitação, para fazer ajustes na estrutura.
Por enquanto, somente a reitoria funcionará no local, mas a ideia é que, após a solução de entraves jurídicos, o complexo de prédios se torne o campus central da Uergs em Porto Alegre, que hoje está em atividade no bairro Agronomia. A estimativa do reitor da universidade, Leonardo Beroldt, é de que R$ 2,5 milhões sejam economizados por ano com a locação de imóveis, valor que poderá ser usado para investimento na instituição de ensino.
Pensando o futuro
Neste sábado (10), a Uergs completará 20 anos de existência e, com a transferências de suas operações para a área da Cientec, dará início ao Projeto Uergs 20+, que apresenta um plano de ações e crescimento para os próximos 20 anos.
— Queremos ampliar e impulsionar ações tecnológicas, através da formação em nível de graduação e pós-graduação, as ações de pesquisa e de extensão, além de tornar possível a oferta de serviços para os setores produtivos da agricultura e da indústria — destacou o reitor.
O Uergs 20+ é composto por 70 projetos que pretendem ampliar e potencializar a oferta de ações de ensino, pesquisa e extensão conectadas com os sistemas produtivos presentes no Estado. Os projetos estão agrupados em três áreas estratégicas identificadas como portadoras de futuro: energia e mobilidade; recursos naturais e sistemas alimentares; espaços digitais e sistemas produtivos.
O governador ressaltou a necessidade de a universidade ter suas atividades funcionando em um lugar central para, assim, estar conectada com as demandas da população.
— A nossa universidade estadual passa a ter um espaço qualificado e na vista de todos os gaúchos, porque passa a ficar no centro das tomadas de decisões do Estado. Isso reforça a responsabilidade dos gestores da Uergs para que ela, ao ser colocada no centro, possa estar também no centro daquilo que se espera dela para o desenvolvimento do nosso Rio Grande do Sul — defendeu Leite.