A prefeitura de Lajeado, no Vale do Taquari, em parceria com escolas privadas do município, apresentou nesta quarta-feira (1º), ao governo do Estado, um plano de retomada das aulas.
A proposta envolve somente os 160 alunos que integram o 3º ano do Ensino Médio das cinco instituições particulares da cidade. Lajeado é o primeiro município a apresentar algum tipo de planejamento para o reinício do ensino presencial.
De acordo com a prefeitura, os estudantes e professores passariam por testes antes do reinício das atividades, teriam duas semanas de aulas, e, então, uma nova rodada de testes seria feita. A presença dos alunos não seria obrigatória, com o ensino à distância sendo disponibilizado para aqueles que decidirem permanecer em casa.
O prefeito de Lajeado, Marcelo Caumo, acredita que o plano pode ser considerado um teste para os protocolos estabelecidos pelo governo do Estado.
— A proposta é gerar evidências para o Estado de como se comportam os protocolos criados até agora. Será possível ver qual será o comportamento da doença, embora eu acredito que a circulação do vírus não irá acontecer – reforçou o prefeito.
A prefeitura aguarda por uma resposta do comitê de enfrentamento da covid-19, o que deve ocorrer até o início da próxima semana. Se aprovada, a ideia é realizar entre 15 e 18 de julho os testes e, a partir do dia 20, recomeçar as aulas.
Caso alguém da comunidade escolar teste positivo para coronavírus, será afastado.
Sindicato vê proposta com preocupação
O Sindicato dos Professores do Ensino Privado do Rio Grande do Sul (Sinpro/RS) vê com preocupação a iniciativa, já que a região de Lajeado registra grande número de casos e mortes por coronavírus.
A diretoria do Sinpro/RS afirma ainda que a característica das turmas do Ensino Médio, de ter um grande número de alunos, é outro fator preocupante durante o período da pandemia.
— É comum que as escolas tenham um número maior de alunos nas turmas do Ensino Médio o que em uma sala fechado é um grande risco. Mesmo eles sendo já mais velhos e conscientes, a proposta me parece muito prematura — ressaltou a diretora Cecília Farias.