O secretário da Educação do Rio Grande do Sul divulgou no fim da tarde desta segunda-feira (16) mais detalhes sobre a suspensão das aulas na rede estadual a partir de 19 de março, em razão do avanço do novo coronavírus.
Segundo Faisal Karam, em razão da greve do magistério, que durou 57 dias e terminou em 14 de janeiro deste ano, não há margem para recuperação desses dias parados, e por isso será preciso a realização de atividades em casa pelos estudantes para cumprir os 200 dias letivos. Mais cedo, o governador Eduardo Leite anunciou que as aulas estão suspensas por 15 dias, a partir de quinta, podendo o prazo ser prorrogado.
— Tanto que algumas escolas estão terminando o ano letivo agora, no dia 27 de março. Como não existe margem para isso (recuperação), nós estamos programando aulas nesse período dos 15 dias iniciais, em decorrência do coronavírus. Serão aulas programáveis pela parte pedagógica. Os professores terão entre terça e quarta para passarem essa programação das atividades para os alunos. E na semana seguinte, no final da semana que vem, irão receber de volta os trabalhos propostos. A partir da segunda semana, terão o mesmo procedimento e receberão essa devolutiva no dia 3 de abril, quando teoricamente termina os 15 dias de paralisação — explica Karam.
O secretário disse que o setor pedagógico da pasta estuda a melhor forma para que os alunos absorvam o conteúdo de casa. Faisal Karam ressaltou, no entanto, que apesar da suspensão das aulas, as escolas terão de estar abertas, com servidores e professores trabalhando.
— Alunos com dificuldade poderão procurar os professores na escola. O que se fez num primeiro momento foi diminuir a circulação — destaca.
Limpeza pesada
Segundo o secretário, o governador Eduardo Leite liberou até R$ 2 milhões para compra de produtos e realização de serviços que intensifiquem a limpeza das escolas nesse período em que os estudantes estiverem.
Merenda mantida
Faisal Karam garante que a merenda escolar continuará sendo oferecida aos alunos, mesmo no período de suspensão das aulas.
— Cabe ao aluno se deslocar até a escola e fazer a sua refeição. Estará disponível durante esses 15 dias como se fosse um processo natural de sala de aula — adiantou o secretário, ao lembrar que muitas das crianças e dos adolescentes da rede têm a merenda escolar como única ou uma das únicas refeições do dia.