Com a expectativa de receber pelo menos duas escolas cívico-militares, o Rio Grande do Sul ainda não oficializou os municípios que podem receber as instituições. Contudo, especula-se que Alvorada, na Região Metropolitana, esteja cotada em função dos altos índices de violência que registra.
O prefeito do município, José Arno Appolo do Amaral (MDB), diz ter sido sondado pelo deputado estadual Tenente-Coronel Zucco (PSL), um dos principais articuladores do programa nacional no Estado, sobre a possibilidade.
– Ele esteve comigo para saber qual era a minha ideia. Acho muito bom. Gostaria que o meu filho estivesse em uma escola dessas – afirmou.
Amaral afirma que está sendo analisada a possibilidade de implementação do projeto em uma escola estadual localizada no bairro Aparecida.
– Que bom se fosse implantado na maioria das escolas. Eu tenho bastante interesse. Já temos uma escola nossa com a Guarda Municipal atuando nesses mesmos moldes – disse.
Conforme Zucco, os critérios para escolha das cidades serão o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), índice de vulnerabilidade e de violência. Dados do Atlas da Violência, divulgado no começo de agosto, apontam Alvorada como o sexto município mais violento do Brasil em 2017.
– Eu pedi ao ministro que Alvorada fosse contemplada e estamos caminhando bem. É o município mais violento do Estado e o sexto do país – salienta Zucco.
Segundo o deputado, cada escola escolhida deve receber R$ 1 milhão do governo federal para a implantação do novo sistema. Zucco tenta ainda junto ao Ministério da Educação direcionar ao Rio Grande do Sul as verbas que estavam destinadas a outros Estados, como a Bahia, que recusaram o modelo cívico-militar.
Além de aumentar o número de estabelecimentos com patrocínio federal, o parlamentar também tem gestionado junto ao governo do Estado e a prefeituras para que o mesmo modelo seja adotado sem necessidade de vinculação com a União.
– As conversas com as prefeituras de Bagé e Lageado estão bem adiantadas – diz Zucco.