O reitor da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Rui Vicente Oppermann, esteve em Brasília nesta quarta-feira (18) para tratar da continuidade da construção do novo prédio do Instituto de Ciências Básicas da Saúde (ICBS) — na esquina da Avenida Ipiranga com a Rua Ramiro Barcelos, em Porto Alegre. Diante das restrições orçamentárias impostas pelo Ministério da Educação (MEC), a obra, que tinha previsão de conclusão para novembro deste ano, corre o risco de parar.
Para que isso não aconteça, Oppermann tenta uma solução emergencial junto ao secretário de Educação Superior (SESu), Arnaldo Arnaldo Barbosa de Lima, mas já considera certo que o prédio não ficará pronto neste ano. UFRGS e SESu deverão se reunir novamente nos próximos dias para definir os encaminhamentos.
O senador Luis Carlos Heinze (PP), o diretor de Desenvolvimento da Rede de Instituições Federais de Ensino Superior (Difes), Wagner Vilas Boas de Souza, e o coordenador-geral de Planejamento e Orçamento das Instituições Federais de Ensino (CGPO), Weber Gomes de Sousa, também participaram da reunião.
Iniciada em janeiro de 2015, com orçamento de R$ 45 milhões em recursos do Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais (Reuni) e do Tesouro Nacional, o novo prédio de 19 mil m² no Campus Saúde, em frente ao Planetário, foi projetado para receber atividades de pesquisa de três departamentos: Farmacologia, Fisiologia e Microbiologia, Imunologia e Parasitologia.
A estrutura prevê ainda espaço para o setor administrativo desses departamentos e de seis pós-graduações do ICBS, além de salas de aula, biblioteca, auditório e estacionamento para 700 veículos.
A assessoria da universidade informou por e-mail que 53% da obra está concluída, com R$ 25 milhões investidos, aproximadamente. A nota diz ainda que são necessários outros R$ 24 milhões para o término dos trabalhos, que incluem climatização, elevadores, esquadrias, cobertura, instalações elétricas, instalações de incêndio, acabamentos, equipamentos sanitários e de controle de acesso, entre outros.
De acordo com a Superintendência de Infraestrutura da UFRGS, esta não é a única obra afetada pelos cortes de verbas na universidade. Há projetos aprovados que sequer foram iniciados, como é o caso da Biblioteca do Campus do Vale, no bairro Agronomia, e da Casa do Estudante, no mesmo campus. Também há prédios inacabados no Campus Litoral.