Os alunos da Escola Estadual de Ensino Fundamental Herlita Silveira Teixeira, em Cidreira, no litoral norte, seguirão dividindo o espaço com os trabalhadores que executam a reforma na instituição por pelo menos mais quatro semanas. A obra, que já teve a data de conclusão revista ao menos quatro vezes, atrasará de novo. A reforma começou em julho de 2018.
A última previsão dada pela secretaria estadual da educação (seduc) era de liberar o ginásio e o refeitório no início de abril. Mas, segundo a Seduc, a falta de andaimes atrapalhou as equipes que trabalham no forro e no telhado, estendendo o prazo para o final de maio. Apesar disso, a secretaria garante que as aulas estão sendo realizadas normalmente.
A responsável pelas melhorias foi notificada pelo governo do estado por descumprimento do prazo, e pode ser multada. Esta é a segunda notificação recebida pela empreiteira por parte do Estado.
Durante todo o ano letivo de 2018, os alunos sofreram com a falta de luz. Por mais de três meses, as aulas foram realizadas apenas com a iluminação natural, tendo que seguir o horário do sol. Em agosto, após o problema vir à tona a partir de reportagem em GaúchaZH, uma empresa foi contratada para realizar o conserto. Mas um mês depois a vencedora da licitação abandonou o contrato. Os consertos foram retomados apenas cinco meses depois.
Antes disso, a escola foi totalmente interditada pelos bombeiros no final do mês de abril devido a problemas estruturais. No dia 13 de junho, parte da escola foi liberada para ter aula, mas sem energia elétrica. Em julho, devido à pouca luminosidade, a então diretora Itamari Pires Teixeira decidiu suspender as atividades no turno da tarde. Com isso, os alunos eram atendidos de forma intercalada pela manhã - num dia, os estudantes do turno manhã tinham aulas e, no outro, os da tarde. Ao todo, 420 alunos foram prejudicados.