Após entidades estudantis convocarem alunos para participar de novas manifestações contra os congelamentos na educação nesta quinta-feira (30), o ministro da Educação, Abraham Weintraub, publicou em seu Twitter um vídeo em que afirma que professores da rede pública estão coagindo os estudantes a irem aos protestos, ameaçando puni-los caso se recusem.
"Esse governo acredita que as manifestações democráticas e pacíficas são direito de todos os brasileiros, contra ou a favor. O que não pode acontecer é a coação de pessoas, que um ambiente escolar, público, crie algum constrangimento aos alunos a participarem dos eventos. Nós estamos recebendo, no MEC, cartas e mensagens de muitos pais e alunos, citando que alguns professores estão coagindo os alunos, falando que eles serão punidos de alguma forma caso eles não participem das manifestações. Isso é ilegal, isso não pode acontecer", diz o ministro.
As imagens, publicadas na noite de quarta-feira (29), exibem, ainda, um pedido de Weintraub para que as pessoas que estejam supostamente sendo ameaçadas enviem mensagens de denúncia ao Ministério da Educação (MEC).
"Estamos tomando as devidas providências legais para que o ambiente escolar não seja prejudicado por uma guerra ideológica que prejudica o aprendizado dos alunos. O objetivo da escola é formar, ensinar e potencializar ao máximo todo o futuro dos nossos jovens e das nossas crianças. Qualquer coisa diferente disso que prejudique esse grande objetivo, por favor, nos comunique. Nós somos contra qualquer forma de constrangimento, seja de qualquer matiz ideológica", afirma.
Em nota, o MEC informou que tem recebido denúncias via redes sociais sobre alunos e professores que estariam sendo coagidos a participarem de atos e manifestações de rua. "Além disso, a Ouvidoria do MEC já contabilizou 41 reclamações por meio do sistema e-Ouv, registradas desde quarta-feira (29)".
A pasta informou ainda que irá analisar os casos e encaminhar aos órgãos competentes para investigação.