O currículo é a primeira impressão que o candidato passa ao recrutador e, por isso, é considerado um cartão de visitas do profissional. E erros comuns cometidos durante a construção do documento acabam por ser decisivos para eliminar o participante de um processo seletivo.
Você pode ser um ótimo profissional, com uma ampla bagagem de experiências e excelentes qualificações, mas se não souber inserir as informações de forma correta no seu currículo, pode não ser chamado para a seleção daquela tão sonhada vaga. Confira, abaixo, como evitar os 10 erros mais comuns na elaboração de um currículo.
Os 10 erros mais comuns na elaboração de um currículo e como evitá-los
1- Falta do telefone para contato
Quando um currículo não tem número de telefone nos dados pessoais, impossibilita que o recrutador faça o primeiro contato com o candidato. É importante, ainda, colocar um telefone para recado com o nome do responsável pelo número.
2- Não incluir o período no qual trabalhou em uma empresa e as atividades desempenhadas
Além de citar o nome da empresa e o cargo que exerceu, deve-se incluir o mês e ano em que entrou e saiu da companhia. Lembre-se, também, de descrever as atividades que você realizava na rotina de trabalho.
3- Fugir do foco
Se você busca uma vaga como analista de marketing, por exemplo, não deve incluir um curso de cabeleireira. Coloque palestras e qualificações que estejam de acordo com o foco da vaga pretendida. Já cursos de idiomas e informática podem ser inseridos, pois interessam para qualquer área.
4- Colocar todas as experiências profissionais
Não faça um currículo extenso adicionando todas as suas experiências profissionais. O ideal é incluir as três últimas, com nome da empresa, cargo, período no qual atuou e descrição das suas atribuições. Se quiser inserir uma experiência mais antiga, que você considere importante, pode acrescentá-la em "informações adicionais" ou "outras informações". Se quiser, você também pode colocar número de contato para referências profissionais, como o seu gestor em determinada empresa, por exemplo.
5- Esquecer de inserir o endereço
Citar a rua e o número da sua casa não é necessário, mas é fundamental colocar o bairro e a cidade onde você mora. Os recrutadores precisam ver se há possibilidade de deslocamento, ou até mesmo se há necessidade de o candidato se mudar, já que, por exemplo, alguém que mora no Interior pode se candidatar para uma vaga em Porto Alegre.
6- Foto inadequada
Não coloque no seu currículo uma foto com mãe, filho, de boné ou em uma festa, por exemplo. Escolha uma foto mais formal, na qual você esteja sozinho e, de preferência, em um fundo neutro.
7- Mentir o nível de conhecimento
Se você tem nível intermediário de inglês, não coloque que é fluente no idioma só porque essa é uma das preferências da vaga. Se você mentir no currículo, certamente será desmascarado na entrevista ou em algum outro processo da seleção. Isso serve também para outros conhecimentos, como Excel, por exemplo. Sempre deixe claro se o seu nível é básico, intermediário ou avançado.
8- Informações desnecessárias
Não é necessário colocar o número do documento de identidade ou CPF, por exemplo, só para aumentar o número de informações. Nos dados pessoais, deve constar o seu nome completo, idade ou data de nascimento, telefones e e-mail para contato e endereço.
9- Erros de português
Erros de português ou de digitação podem causar uma má impressão e até mesmo resultar na sua eliminação do processo seletivo. Ainda mais quando o currículo é enviado em arquivo do word, no qual os erros são sublinhados em vermelho, deixando-os mais visíveis. Por isso, é importante revisar, além de passar algum tipo de corretor.
10- Nome do arquivo
Salvar o nome do arquivo do currículo com um apelido ou algo informal também pode causar uma má impressão. O ideal é nomear como "Currículo - fulano de tal". Além disso, é preciso revisar se você não esqueceu de anexar o arquivo no e-mail na hora de enviar, algo que é comum, mas pode passar uma imagem de alguém desatento.
Fontes: Karen Silva, assistente de recrutamento e seleção da Metta Capital Humano; Mariane Soares da Silva e Priscila Niffa, analistas de recursos humanos da Gope RH; e Patrícia Kayser Strazzaboscco, psicóloga da Solucionare Ações e Ideias em RH