As provas do segundo dia de aplicação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) começaram às 13h30min deste domingo (12), com Matemática e Ciências da Natureza (química, física e biologia). Os estudantes terão quatro horas e meia (até as 18h) para responder as 90 questões, tempo menor do que no primeiro dia, quando os candidatos tiveram cinco horas e meia para fazer os testes de Ciências Humanas e Linguagens, além da Redação.
Os portões dos locais de prova foram abertos ao meio-dia e fechados pontualmente às 13h. Os participantes só poderão deixar as salas depois de duas horas do início do exame. Para poder levar o caderno de questões, é preciso permanecer no local por quatro horas – até as 17h30min.
Esta é a primeira edição em que o exame é aplicado em dois domingos seguidos, e não mais em um único fim de semana. Outra mudança é que agora as provas de Matemática e Redação não são feitas mais no mesmo dia.
O gabarito será divulgado pelo Ministério da Educação na próxima quinta-feira (16). O resultado final está previsto para janeiro.
No Estado, 294.591 participantes se inscreveram para as provas, e 208.867 compareceram ao primeiro dia. No Brasil, foram 6,7 milhões de inscritos, com 4,7 milhões de presentes.
Enem em Porto Alegre
Os candidatos aproveitaram até o último minuto para revisar o conteúdo das provas do segundo dia do Enem em Porto Alegre. Por volta do meio-dia, no campus da Pontifícia Universidade Católica (PUCRS), Matheus Veloso, 27 anos, encontrou um pufe, ajeitou-o sob a sombra de uma árvore e recostou-se para repassar mais uma vez as fórmulas de matemática. Faltava uma hora para o fechamento dos portões.
– Estou dando uma conferida, porque não é muito a minha área, e são muitas fórmulas. Quando vi este pufe, vim correndo, para relaxar e revisar ao mesmo tempo.
Às 13h, quando as portas dos prédios se fecharam, registrou-se na PUCRS o tradicional espetáculo dos estudantes atrasados. Carolina Conceição Rezende, 23 anos, que veio de Pelotas para a prova, estava havia 15 minutos no campus, mas deixou para entrar no edifício somente quando a sirene tocou. Segundo ela, foi assim que agiu na semana passada, sem enfrentar problemas. Desta vez, no entanto, viu a porta ser fechada diante do nariz.
– Está zoando, né? Está de sacanagem! – gritou para o homem que trancava a entrada.
Em seguida, já estava mais tranquila:
– Vida que segue!