O apito sonoro que sinaliza o final do turno regular de aula pode significar, também, que uma das atividades mais legais da escola está perto de começar. A programação do turno inverso ao regular é planejada para aproximar os alunos das tarefas que ele mais se interessam e proporcionar contato com propostas que ampliam o repertório de experiências.
As atividades extracurriculares mais procuradas costumam abranger o ensino de idiomas, artes e esportes. Para escolher entre a grande quantidade de opções oferecidas dentro e fora da escola, é necessário prestar atenção à dinâmica da família, à agenda dos pais e ao investimento disponível durante o ano.
– A escolha das atividades deve ser feita em conjunto, respeitando o interesse dos alunos. Um erro comum dos pais é matricular os filhos em atividades nas quais apenas eles, adultos, têm interesse – afirma a professora adjunta de Pedagogia do Uniritter Suyan Maria Castro Ferreira.
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Segundo ela, é preciso haver cuidado para não sobrecarregar os estudantes, pois cada atividade extra costuma ser realizada duas vezes por semana. E, ainda que as tarefas do turno inverso sejam apresentadas de forma mais lúdica e prazerosa, também envolvem compromisso e dedicação.
– Às vezes, os pais lotam a agenda das crianças e dos adolescentes, como se eles fossem adultos. Os estudantes precisam ter horário de ócio e de não fazerem nada – diz a professora.
Além de desenvolver capacidades integrais dos estudantes, as atividades extracurriculares aumentam as vivências e permitem acessar novos conhecimentos e formar grupos de amigos para além da sala de aula.
– Os orientadores educacionais da escola conhecem a rotina do estudante na instituição e podem ajudar os pais a esclarecer a atividade ideal – sugere a professora de pedagogia da Feevale Sandra Difini Kopzinski.
Se, no meio do caminho, o estudante perceber que a atividade não é tão bacana como imaginava, é preciso que exista flexibilidade para mudar de rota.
– Deve haver a possibilidade de desistência e troca, pois, assim como os adultos, as crianças e os adolescentes precisam de maleabilidade. Muitas vezes eles são levados às atividades pelos grupos de amigos e, no decorrer dos meses, percebem que não era exatamente o que buscavam – afirma Suyan.
Como decidir o que fazer
• Observe o que despertaa atenção do seu filho e priorize atividades que ele vai desenvolver com satisfação. Procure conversar com a criança para que a decisão seja tomada em conjunto.
• Tarefas distintas às que os filhos têm mais afinidade podem ser incentivadas como forma de ampliar as vivências do estudante. Procureconciliar atividadesesportivas com as culturais.
• Considere o tempo e a logística necessários, incluindo o transporte de ida e de volta até as atividades.
• Orientadores educacionais da escola regular podem ajudar a medir a colaboração das atividades para o desenvolvimento das crianças ou adolescentes.
• No caso de atividades envolvendo idiomas ou esportes fora da escola regular, visite as instalações do local e converse com quem já é aluno sobre a qualidade do ensino.
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