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Além da redação, o segundo e último dia do Enem 2016 reuniu a prova mais temida, Matemática e suas Tecnologias, e aquela que é considerada a mais cansativa em razão dos enunciados longos: Linguagens, Códigos e suas Tecnologias. De modo geral, ambas foram avaliadas como provas que já confirmam um modelo do exame nacional, em que interpretação e contextualização precisam estar entre as habilidades dos participantes. Mas ao contrário do que os novatos no Enem poderiam imaginar, não foi só Linguagens que apresentou "textão".
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– Matemática também teve enunciados muito longos, mas isso a gente já está acostumado. Foi uma prova muito cansativa, que exigiu, além de um esforço braçal para cálculos, muita atenção e interpretação de texto. Algumas questões eram de interpretação do português – ressaltou o professor de Matemática do Universitário Thiago Nunes.
De acordo com o professor, os conteúdos estavam dentro do esperado e apontam para um caminho na hora de estudar. Porcentagem, estatística e geometria plana e espacial aparecem como temas mais abordados na avaliação do professor Thiago Nunes. Os candidatos tiveram cinco horas e meia para responder a 90 questões das duas áreas de conhecimento e ainda escrever a redação. Para a estudante de Medicina Veterinária Débora Priori, 19 anos, a prova estava acessível para quem já está no Ensino Superior:
– Foi tranquilo, mas acho que para quem ainda está no Ensino Médio, principalmente na escola pública, deve ter sido mais pesado.
Para a estudante Eduarda Garcia dos Santos, 17 anos, que prestou o exame pela primeira vez, a prova de matemática foi bem mais exaustiva.
– Foi bem mais cansativo do que ontem (sábado). Envolvia muito cálculo – comentou.
A prova de língua estrangeira, que oferece as opções de inglês e espanhol, também seguiu as características do Enem: exigiu interpretação dos participantes e, especialmente em espanhol, visão crítica sobre fatos da América Latina. A professora Manuela Arcos, do Universitário, ressaltou que a dificuldade da prova, talvez, tenha recaído no fato de que alguns textos se tratavam de poesia, o que exigia do aluno uma avaliação além do sentido literal.
– Precisa entender que o que se exigia do conteúdos estava dentro de um contexto. A prova do Enem é contextualizada – ressaltou.
E, inglês, o professor Michel Ayala, do Universitário, também aposta na contextualização para um bom desempenho dos estudantes.
– De modo geral, foi uma prova dentro do esperado.
Questões que sugerem mais de uma resposta
Na prova de Linguagens, Códigos e suas Tecnologias, em que além de língua portuguesa, há também questões de literatura, artes e expressão corporal, os professores reconheceram que a abordagem geral contemplou as habilidades avaliadas pelo Enem. No entanto, assim como na edição 2015 do exame, houve ambiguidade em algumas questões.
– É importante a gente ressaltar essa dubiedade de algumas questões. Algumas delas abrem margem para mais de uma interpretação. Mas acho que isso serve para tranquilizar os estudantes até o gabarito – disse Maria Tereza Faria, professora de Linguagens e Redação do Universitário.
Zero Hora divulgou durante o exame em seu site o gabarito extraoficial do Enem produzido pelos professores do Universitário. O oficial será apresentado na manhã de quarta-feira pelo Inep.
Confira a avaliação dos professores do Universitário.