A Educação Executiva dá sinais de renascimento no que se refere a novas tecnologias e modelos inovadores de gestão. Os sinais são animadores, mas as mudanças ainda não se mostram à altura das expectativas das empresas. Elas querem que as consultorias de desenvolvimento de lideranças e escolas de negócios capacitem muito mais seus ocupados executivos, a navegar em um mercado imprevisível.
Há mais de três décadas na direção da Missel Capacitação Empresarial, consultoria especializada em Gestão Estratégica de Pessoas, sempre atuando no desenvolvimento das lideranças de empresas dos mais diversos segmentos, como indústria, varejo, agronegócio e serviços, afirmo com muita convicção que, ao longo deste período, nunca houve preocupação tão intensa dos empresários e CEOs no desenvolvimento de seus gestores, sucessores e futuros líderes.
Ainda não há unanimidade, mas a maioria deles parece concordar que os objetivos da Educação Executiva devem ser revisados e, agora, o principal renascimento organizacional deve ser aperfeiçoar os atuais e formar futuros líderes com um novo conjunto de habilidades, composto principalmente de pensamento global sustentável, talento inovador e conhecimento de novas metodologias, além da capacidade para desenvolver pessoas.
Quanto às metodologias, a revigorante transformação dos programas oferecidos, detectada no ranking do Financial Times, sinaliza novas direções, com o aumento da demanda intensa de programas continuados para atualização de líderes, conjugando estudos teóricos, observação prática e abordagens possíveis de serem implementadas, para obtenção de resultados sustentáveis de mudanças comportamentais. Especialistas em Educação Corporativa afirmam que o gestor precisa cada vez mais experimentar, de modo simulado ou real, o que aprendeu. É fundamental que os participantes vislumbrem a real extensão dos desafios e a complexidade em praticá-los. Para tanto, é necessário que os líderes estejam dispostos a identificar suas características e oportunidades de melhorias através de programas continuados, orientados por consultorias especializadas, coaches experientes e/ou universidades, e a aperfeiçoarem algumas habilidades necessárias e atitudes exigidas para obter os melhores resultados nas suas posições de liderança.
Houve uma época em que as empresas se iludiam que um treinamento de 4 ou 8 horas, ou mesmo uma palestra, poderiam desenvolver mudanças de comportamento eficazes e duradouros. Atualmente, percebo que para elevar a qualidade da liderança na sociedade, muitos CEOs e RHs das pequenas, médias e grandes empresas estão apostando e investindo em programas de “Educação Executiva Continuado”, visando transformações e resultados consistentes e duradouros.
Neste novo modelo, nossa prática tem demonstrado resultados surpreendentes, no que se refere ao engajamento das equipes e comprometimento com o resultado da empresa. Identificamos estas atitudes a partir dos projetos de educação continuada com programas customizados para a demanda de cada empresa, alinhado com o perfil das equipes e cultura organizacional.
Desta forma, o foco é nos conteúdos teóricos e práticos que cada empresa necessita. Segundo o diretor da Jönköping Business Scholl (JIBS), Johan Roos, “o humanismo deve voltar para o centro da Educação Corporativa para que os líderes saibam gerenciar a complexidade e gerar um planeta habitável. A administração científica, focada em lucros e custos, não pode mais se sobrepor ao humano”.