Viajar para fora do país, aprender um idioma, agregar experiência profissional. O sonho do intercâmbio pode parecer mais distante com a alta do dólar, mas com planejamento e esforço ele ainda é possível.
Oportunidades de cursos de línguas e programas para graduação e pós no exterior estarão reunidos no próximo sábado, 26, na feira Eduexpo, na Capital. Estarão presentes representantes de escolas, universidades e governos - Estados Unidos, Canadá, Alemanha, República Tcheca e Austrália são presenças confirmadas entre os 150 expositores.
Descubra em que atividades você está perdendo tempo
Sete dicas para aprender a lidar com as decepções profissionais
- O espaço serve para ampliar horizontes, conhecer oportunidades que muitas vezes o estudante nem sabe que existem. Quanto mais opções, melhor é para comparar - resime Júlio Ronchetti, fundador da feira.
Informação é a chave
Conhecer as ofertas é o primeiro passo para o planejamento, que o executivo compara à compra de um carro: é preciso se organizar. Ronchetti exemplifica que a maioria dos países, hoje, oferece cursos de graduação e pós ministrados em inglês, e que alguns locais têm custos inferiores - República Tcheca e Itália, por exemplo, em comparação com a Inglaterra.
A taxa de câmbio em diferentes moedas também pesa: com o dólar canadense mais barato do que o americano, estudar no Canadá fica mais em conta do que ir aos EUA.
Redes sociais estimulam onda de empreendedorismo entre os jovens
Quanto custa a preparação para concursos
No caso dos cursos de idiomas, a flexibilidade da duração ajuda: o dinheiro economizado para seis meses permite ir e ficar menos tempo. As aulas variam de quatro semanas a oito meses, majoritariamente, e o interessado pode moldar o curso à poupança.
Um mês de ensino custa entre US$ 2 mil e US$ 5 mil, em média, enquanto cursos de graduação vão de US$ 20 mil a US$ 30 mil por ano. A pós sai entre US$ 22 mil e US$ 25 mil, com a vantagem de durar dois anos, contra quatro do ensino superior.
Cálculo preciso e poupança em moeda
Vice-diretor do campus do Havaí e professor de Finanças da universidade Wayland Baptist, Henrique Regina diz que o primeiro passo para viabilizar o sonho é fazer uma planilha com todos os gastos envolvidos: educação, taxas, acomodação, comida e custos pessoais. Ele recomenda simular diferentes câmbios, para saber até quanto a moeda pode custar para que seja possível viajar.
- O dólar caro desencoraja, mas o momento é bom para pesquisar e planejar - ensina.
Quem vai agora deve checar duas vezes todos os custos - muitas vezes, a universidade informa a mensalidade, mas não inclui taxas. Também deve acompanhar os valores previstos durante a viagem, para reajustar os hábitos caso os gastos sejam maiores do que o esperado.
O que levar em conta na escolha
Para escolher a instituição, a dica é analisar o objetivo: cursos em universidades oferecem mais estrutura e menos intimidade; já os de escolas de idiomas são mais eficientes para fazer amigos. Sites dos órgãos de Educação de cada país auxiliam na análise de credenciais das universidades.
O estudante também deve levar em conta a cidade do curso. Pedir o contato de alguém que já fez o intercâmbio é opção para ter ponto de vista empírico e financeiro.
Ronchetti alerta que bolsas e oportunidades de estágios são escassos - a Austrália tem mais opções no segundo caso -, mas que ir atrás do máximo de informações é a melhor forma de conseguir uma oportunidade.
*Zero Hora