Astrônomos da ESA e da Nasa - as agências espaciais europeia e americana, respectivamente - descobriram pistas que indicam a existência de matéria negra no espaço. Essa substância, considerada invisível e jamais cientificamente comprovada, seria a responsável por constituir a maior parte da massa do Universo, atuando como uma espécie de "esqueleto" que sustenta as estrelas e as galáxias.
Cientistas sabem que a matéria escura existe e está lá fora, em algum lugar, mas não entendam exatamente o que ela é. Sua existência é perceptível em função da força gravitacional que exerce nos movimentos de outros objetos (como estrelas e galáxias), mas ela não pode ser vista, pois não emite nenhuma luz e tampouco a absorve.
Ao estudar aglomerados de galáxias, que contêm grandes quantidades de gás quente preenchendo o espaço entre as galáxias ali contidas, os astrônomos identificaram que esses dois ingredientes correspondem a apenas 20% da massa total dessas estruturas: o restante, acreditam, é formado por matéria negra.
Observando o material reunido por telescópios, os astrônomos descobriram uma linha tênue em um comprimento de onda que não apresentava esse registro antes. A explicação que eles encontraram, assim, deixou o campo das matérias conhecidas. As agências espaciais alertaram, no entanto, que uma investigação mais aprofundada será necessária para revelar a natureza e confirmar a existência da matéria negra.