Cientistas americanos conseguiram reconectar medulas espinhais rompidas de ratos e restabelecer o controle da bexiga que os animais haviam perdido. A descoberta representa um possível tratamento para que humanos com lesões do sistema nervoso semelhantes possam recuperar-se de sequelas.
A medula forma com o cérebro o sistema nervoso central. Lesões no tecido frequentemente causam paralisia parcial do corpo e foram por muito tempo consideradas irreparáveis. Embora a medula possa iniciar a regeneração após ser lesionada, o processo é interrompido. Um desafio para a medicina é encontrar formas de estimular a recuperação, o que vem sendo estudado, sobretudo, com os compostos químicos condroitinase e fator de crescimento de fibroblasto (FGF), que se mostraram eficazes em casos distintos.
Cirurgiões da Case Western Reserve University e da Cleveland Clinic empregaram os compostos em conjunto. Depois de romper a medula de 15 ratos, tirando-lhes o controle da bexiga, os pesquisadores injetaram as substâncias que estimulam o crescimento em ambos os lados da medula cortada e costuraram a ruptura.
Seis meses depois, os ratos já possuíam controle da bexiga próximo do normal. Os animais não recuperaram a capacidade de andar. Testes prolongados devem ser realizados antes de efetuar o experimento em humanos.
- Ficou claro que algumas funções primitivas podem ser recuperadas. É um passo na direção certa - explicou o diretor do projeto, Jerry Prata.