Desde muito cedo, somos interpelados com a questão “o que você quer ser quando crescer?”. Se você chegou ao fim do Ensino Médio e ainda não tem uma resposta para o questionamento, não se preocupe. Há uma série de estratégias que, se colocadas em prática, podem ajudar a iluminar esse caminho.
“E se eu me arrepender?” é outra questão que pode surgir nesse momento. Segundo Mara Lúcia Salazar Machado, psicopedagoga e psicomotricista dos núcleos de Apoio Docente e Discente (NAD e NADi) da Universidade Luterana do Brasil (Ulbra), as mudanças são parte essencial do amadurecimento.
— Às vezes, a pessoa toma essa decisão muito cedo, porque se identifica ou idealiza a profissão de um professor ou de um parente. O importante é ficar atento a si e não se acomodar, pois isso pode interferir na hora de tomar outro rumo — argumenta.
A seguir, confira algumas dicas que podem facilitar o processo de escolha nesse momento tão importante das nossas vidas:
Autoconhecimento
Olhar para si e questionar “quem sou eu?”. Esse é o principal conselho para quem vive esse momento. Segundo Júlia Andric, especialista de Desenvolvimento de Carreiras na Atitus Educação, esse pode parecer um questionamento simples, mas pensar no projeto da própria vida não é uma tarefa fácil e requer tempo e conhecimento de si mesmo e do mundo.
De acordo com ela, a autoanálise deve ser uma prática constante no decorrer da vida profissional.
— Trata-se de um diálogo consigo mesmo sobre interesses, habilidades, expectativas e valores. No momento de escolher o curso de graduação, o primeiro passo é olhar para si mesmo, refletir sobre seus interesses, o que gosta e o que não gosta, o que se imagina fazendo, ou não — destaca.
Procure se informar
- Pesquise nos sites das universidades a matriz curricular dos cursos que lhe interessam.
- Busque um maior entendimento sobre os cursos e as profissões.
- Pesquise sobre as universidades neste site do Ministério da Educação (MEC).
- Se possível, visite as instituições que lhe despertam interesse. Conheça os campi, os ambientes acadêmicos e o corpo docente. Procure pelo setor de atendimento ao estudante, peça para conversar com o coordenador do curso, procure sentir o ambiente. Isso pode ajudar a decidir se é isso mesmo que você quer.
Teste vocacional
Testes vocacionais disponíveis na internet geralmente não ajudam. É o que alerta a analista de Desenvolvimento de Carreiras na Atitus Educação, Thaline Moreira, que sugere cautela com esse tipo de ferramenta. A melhor indicação, segundo ela, é passar pelo processo de orientação profissional, no qual podem ser utilizados os testes voltados para essa área.
— Os testes não têm o objetivo de indicar o curso certo, eles são ferramentas auxiliares. A decisão pelo caminho e pela escolha do curso será sempre da pessoa — pondera.
Para a professora Mara Lúcia Salazar Machado, da Ulbra, eles podem ajudar quem já pratica o autoconhecimento e tem alguma ideia do que quer ou não fazer, mas também podem causar mais confusão e incerteza aos indecisos:
— O teste, por si só, pode ajudar a confirmar uma escolha, mas não pode ser o principal instrumento da decisão.