As escolas privadas do Rio Grande do Sul terão reajuste médio de 11,7% na mensalidade para 2023. O dado foi divulgado pelo Sindicato do Ensino Privado do Rio Grande do Sul (Sinepe-RS) após pesquisa realizada entre os dias 17 e 27 de outubro. Cerca de dois terços das 145 instituições associadas ao sindicato terão aumento entre 6% e 12%.
O custo com pessoal é um dos fatores apontados para o cálculo. Além disso, as escolas têm investido em infraestrutura, capacitação e tecnologias para oferecer os itinerários formativos do novo Ensino Médio, assim como o pagamento de contas como água, luz e aluguel.
Conforme o sindicato, o reajuste ficará próximo do projetado para o ano que vem sobre o aumento de custos, 11,1%, segundo a mesma pesquisa. O impacto econômico da pandemia ainda é apontado pelo sindicato como a causa desse aumento.
— No último ano tivemos um aumento significativo em investimentos para atender aos protocolos para o retorno às aulas presenciais, como ampliações de espaços físicos e aquisição de equipamentos para as aulas híbridas. Muitas escolas ainda estão pagando essa conta. Ao mesmo tempo, não foi possível repassar na integralidade esses custos no reajuste das mensalidades porque as famílias também estavam com dificuldades — explica Oswaldo Dalpiaz, presidente do Sinepe.
A pesquisa também mostra que 86% das instituições têm a expectativa de manter ou aumentar o número de alunos, enquanto outros 14% das instituições prevêem uma redução de até 20%.
No início deste mês, um levantamento feito por GZH mostrou que seis de nove instituições e redes de ensino de Porto Alegre consultadas pela reportagem indicaram aumento de pelo menos 10% em seus valores — a média de acréscimo, considerado os valores mínimos informados pelas instituições, ficou em 10,6%.