O governo do Estado autorizou a contratação emergencial de 85 engenheiros, sendo 21 deles da área elétrica, para a realização de obras estruturais em escolas do Rio Grande do Sul. A afirmação foi feita pelo secretário de Obras e Habitação, José Stédile, durante entrevista ao Gaúcha Atualidade, da Rádio Gaúcha, desta terça-feira (7).
De acordo com o secretário, o governador Eduardo Leite compreendeu que o problema da defasagem de mão de obra passava por "manter os engenheiros com o salário que o Estado paga". Stédile destacou ainda que muitos desses profissionais desistem de trabalhar para o governo, pois o mercado está aquecendo no RS. Ele afirmou que existem 400 projetos prontos para a área da Educação e que é necessário resolver, primeiro, o problema das empresas que ganharam as licitações.
— Cerca de 90% das empresas solicitaram reequilíbrio financeiro em função do alto custo de alguns produtos que são utilizados na construção, por isso, parou diversas obras que estavam em execução.
O assunto veio à tona após a caravana do Cpers, que visitou dezenas de escolas gaúchas, encontrar instituições com problemas estruturais, com falta de energia elétrica e água e até aterramento inadequado.
Stédile afirmou que a conclusão mais rápida dos problemas nas escolas depende do tamanho da obra e do projeto. Destacou ainda que questões envolvendo falta de energia elétrica é uma situação que "não dá para admitir" e, citando o caso da Escola Hermeto Bermudez, de Uruguaiana, que está há mais de um ano sem energia elétrica, afirmou que a "situação vai estar restabelecida até o começo do ano letivo em 2022".
— No que depender de nós, da secretaria, eu me comprometo. Mas depende também que a secretaria demandante faça a licitação e contrate as empresas. A partir disso, nós estaremos sempre presentes.