A Universidade Federal de Pelotas (UFPel) terá um calendário acadêmico alternativo a partir do dia 22 de junho. A medida estava sendo estudada desde abril, e chegou a gerar polêmica com movimentos estudantis que eram contra a ideia de educação remota por haver alunos sem acesso ao ambiente digital. O novo calendário, segundo a instituição, não irá prejudicar estes estudantes.
O reitor da UFPel, Pedro Hallal, acredita que o novo calendário será pioneiro entre as universidades do país. Segundo ele, a proposta não substitui o calendário anterior, mas será complementar.
– Esse sistema será utilizado para quem quiser fazer, mas quem não quiser ou não tiver condições de realizar não será prejudicado em nada. Acreditamos que com esse calendário complementar diminuiremos os prejuízos que os alunos estão tendo neste período sem aulas – afirma Hallal
A oferta das disciplinas obrigatórias passarão ainda por uma avaliação dos colegiados de curso e serão ofertadas principalmente para os alunos que estiverem no final do curso. As disciplinas optativas serão oferecidas livremente de forma remota.
Em relação às disciplinas práticas, elas terão de ser realizadas remotamente, mas depois de passarem por avaliação dos colegiados. Os trabalhos de conclusão de curso e estágios obrigatórios também poderão ser realizados de forma remota.
– Os professores e os cursos vão avaliar ainda tudo que será oferecido no UFPel Online e decidir o que será disponibilizado. Esse calendário complementar vai nos ajudar muito em um momento de muitas incertezas de quando realmente poderemos ter aulas presenciais novamente – finaliza o reitor.
O novo calendário terá a duração de 10 semanas e a expectativa é de que dure até a primeira quinzena de setembro. O antigo calendário acadêmico de 2020 fica suspenso, sendo este complementar. As matrículas já feitas para o primeiro semestre continuam valendo. Na primeira proposta, as matrículas seriam canceladas e realizadas novas.