A Polícia Federal (PF) realizou, na manhã deste sábado (9), operação em Fortaleza, no Ceará, com o objetivo de aprofundar as investigações sobre o vazamento da prova de redação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), no último fim de semana.
Os agentes apreenderam celulares de aplicadores da prova para serem submetidos à perícia. Não houve prisões na ação apelidada de Thoth, em referência ao deus egípcio da escrita e da sabedoria.
Os mandados de busca e apreensão foram expedidos pela 12ª Vara Federal de Fortaleza. Os suspeitos, que tiveram as casas vasculhadas, foram apontados a partir de investigação do próprio Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), responsável pelo exame.
Segundo a PF, as investigações terão prosseguimento e os suspeitos ainda prestarão depoimento. A ligação de outros aplicadores dos Estados da Bahia e do Rio de Janeiro também está sendo apurada.
Entenda o caso
No último domingo, uma foto da página da prova de redação do Enem começou a circular nas redes sociais antes do fim do horário do exame.
Caso seja comprovada a responsabilidade dos suspeitos, eles podem ser condenados pelo crime de fraude em certames de interesse público, previsto no Código Penal Brasileiro. A pena pode chegar a cinco anos de prisão, além de multa.
Neste domingo (10), os candidatos voltam a prestar prova, mas dessa vez nas áreas de ciências da natureza e matemática. O Inep proibiu o uso de celulares pelos aplicadores para evitar novos vazamentos ou fraudes.