Uma pesquisa realizada pelo Instituto de Estudos de Protesto de Títulos do Brasil (IEPTB/RS) entre os dias 4 e 19 de novembro de 2024 revelou que 45% dos entrevistados possuem ao menos uma dívida em atraso com valores entre R$ 1.000 e R$ 3.500.
Foram entrevistadas 700 pessoas em sete cidades do Rio Grande do Sul: Caxias do Sul, Passo Fundo, Pelotas, Porto Alegre, Santa Cruz do Sul, Santa Maria e Uruguaiana.
De acordo com o estudo, o cartão de crédito é o principal vilão do orçamento para 27% dos entrevistados. Em segundo lugar estão os empréstimos bancários ou por meio de financeiras, citados em 20% dos casos.
— Cartão de crédito e empréstimos são justamente as dívidas que carregam os juros mais altos, o que agrava ainda mais a situação financeira e dificulta a recuperação econômica das famílias — disse o presidente do Instituto, Romário Mezzari.
O principal motivo para a inadimplência, segundo os entrevistados, foi o consumo excessivo. Em 24% dos casos, os entrevistados possuem mais de três cartões de crédito. De acordo com Mezzari, isso pode representar um risco para quem não controla os gastos de forma rigorosa.
— A recomendação é limitar o número de cartões e usá-los com planejamento, sem gastar mais do que poderá pagar no próximo mês — orienta Mezzari.
Negociação
A pesquisa ainda revelou que 95% dos inadimplentes pagariam as dívidas caso recebessem uma oferta de negociação dos credores e 69% se fossem intimados pelos Cartórios de Protesto.